Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns
contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou. Colossenses 3:13
No início da década de 1980, uma onda
de terror assolou os moradores de King County, no estado de Washington. Jovens
mulheres começaram a desaparecer. Alguns corpos foram encontrados no rio Green,
que corta a mata. As autópsias revelaram que as jovens foram estupradas e em
seguida assassinadas. Outras mulheres simplesmente desapareceram sem deixar
vestígios.
Os desaparecimentos continuavam a
aumentar e a polícia lançou mão de todos os recursos disponíveis para encontrar
e prender o assassino em série, que ficou conhecido como o assassino do rio
Green. Várias evidências ligaram as vítimas a um jovem que trabalhava pintando
caminhões. No entanto, ao vasculhar a casa, a polícia não encontrou nada que o
incriminasse.
A série de assassinatos cessou tão de
repente quanto começou. A investigação esfriou; a equipe da força-tarefa foi
reduzida até permanecer apenas um detetive no caso, que por fim também começou
a cuidar de outras responsabilidades. Quase 20 anos se passaram. Nesse período,
houve grandes avanços nos métodos científicos utilizados pela polícia – em
especial, o teste de DNA para a identificação de indivíduos. O caso do
assassino do rio Green foi reaberto, com poderosos resultados. Os testes de DNA
relacionaram três das vítimas com o rapaz que a polícia suspeitou no início.
Exames microscópicos das partículas de tinta relacionaram o mesmo rapaz com
outros quatro assassinatos. Detido e diante das evidências de sua culpa, o
pintor de caminhões confessou os crimes.
Finalmente chegou o dia do julgamento.
À medida que o juiz lia a lista de vítimas, nome após nome, o réu se declarava
culpado. O número de vítimas aumentava cada vez mais. Cada uma delas tinha sido
especial para um parente, irmão ou amigo e, acima de tudo, para Deus. A lista
parecia infindável até que a contagem se encerrou em 48 vítimas. Durante a
leitura da longa lista, o assassino não demonstrou nenhum sentimento, nenhuma
emoção, nenhum remorso ou arrependimento. Parecia que nada podia atingi-lo.
Chegou o momento em que o juiz deu oportunidade para os parentes das vítimas se
expressarem. Um senhor de barba branca se levantou e disse ao assassino que o
perdoava. Ele disse que o Senhor nos ensinou a perdoar, a despeito da seriedade
da questão, e, assim, por mais difícil que fosse, ele o perdoava.
O assassino, aparentemente feito de
pedra, caiu em prantos. O perdão derrete o gelo. O perdão despedaça as pedras.
Exatamente o que o Senhor fez com nosso coração frio e endurecido. (*)
Louvai
ao Senhor!
Por Cristo. Em Cristo. Para Cristo.
Que
Deus lhe abençoe!
(*) Texto: William G. Johnsson
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