A essência do Evangelho é Cristo. Quando reconhecemos, íntima e
sinceramente, quem ele é, todas as demais coisas são reduzidas a nada. Contudo,
este reconhecimento não é produzido pela nossa capacidade intelectual.
Não acontece numa escola bíblica ou num seminário, cujo foco é alcançar
a mente das pessoas, mas no coração, por meio da ação iluminadora e impactante
do Espírito Santo.
No mundo ocidental, é muito fácil dizer que Jesus é o Salvador, o
Messias, Deus encarnado. Nós crescemos ouvindo isto. Estamos familiarizados com
o discurso cristão.
Como diria Augusto Cury, estamos psicoadaptados. Recebemos tantos
estímulos cristianizados, que o nome de Cristo se tornou algo banal.
Portanto, não basta acreditar em Jesus intelectualmente. Nesse tipo de
crença, até os demônios nos superam em muito, pois eles sabem verdadeiramente
quem é Jesus.
Mas devemos crer movidos pelo poder do Espírito Santo, para que o
impacto de Jesus em nós tenha a mesma intensidade que teve nos discípulos que
caminharam com ele.
Jesus fez uma pergunta aos discípulos: “Mas vós, quem dizeis que eu
sou?” (Mt 16. 15). A pergunta é mais profunda do que parece. Jesus estava
perguntado, na verdade, o que ele era para os discípulos no íntimo, na alma.
É como se ele perguntasse: qual é a impressão que eu provoco na alma de
vocês? É o impacto de um profeta, ou o impacto do próprio Deus?
Para as demais pessoas, Jesus era apenas uma figura humana. Podia ser
comparado ou até mesmo confundido com alguns dos profetas. Mas Jesus sabia que
esta percepção sobre ele era insuficiente, até mesmo insignificante.
Ele queria algo mais. E isto veio com a resposta de Pedro: “Tu és o
Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16. 16).
Estamos acostumados com esta resposta. Ela, às vezes, não nos diz muita
coisa. Mas temos que olhar para ela com outros olhos, com os olhos de Pedro. O
que ele disse é, ao mesmo tempo, uma loucura e uma explosão de fé libertadora.
É uma loucura porque Pedro estava diante de um homem, e ele enxergou
Deus nesse homem. Se coloque no lugar de Pedro. Você há de concordar que a
afirmação dele é, na concepção humana, um desvario.
No entanto, é exatamente aí que reside o grande segredo da fé
libertadora. Ela não é produzida pelos condicionamentos psicológicos, muito
menos pela lógica humana, mas pela revelação do Espírito Santo.
Pedro não foi bem-aventurado pela resposta em si, mas pelo fato de ter
recebido, em sua alma, pelo Espírito Santo, o Cristo, o Deus encarnado.*
Louvai ao Senhor!
Por Cristo. Em Cristo. Para Cristo.
*(Por: Sandro
Zanoteli Koppe)
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