Esta é a mensagem mais poderosa que existe e jamais existirá outra
maior, pois nela se encontra a redenção da humanidade e de todas as coisas
perante Deus, articulada e executada por Ele mesmo. Precisamos entender a
profundidade da morte do Filho de Deus na CRUZ e todas as transformações
ocorridas a partir da ressurreição de Cristo.
A entrega da vida de Jesus por meio de uma morte tão maldita como era a
morte de Cruz, trouxe, a todo aquele que crê no sacrifício de Cristo, a
oportunidade de voltar ao seu estado original antes da queda da humanidade, ou
seja, a ser novamente Imagem e Semelhança de Deus, algo que foi perdido no ato
da escolha do primeiro casal pelo egoísmo, pela mentira, pelo pecado. O homem
antes da queda era alguém completo, pleno na verdade, não era em nada
dicotomizado, tudo para ele era pleno e sagrado. Em todas as coisas irradiava a
vida e o caráter do seu Criador, em tudo o que pensava e fazia, em todo o
tempo! Isto quer dizer que a comunhão com Deus e o seu trabalho eram
importantes, que se relacionar com Deus e com seu próximo eram indivisíveis,
que o cumprir uma ordem do Criador e o criar algo eram perfeitamente
harmoniosos. Tudo sem a divisão sagrado e secular que passou a existir com a
necessidade do homem em querer agradar a Deus para se sentir aceito. A mensagem
da cruz, então, tem a ver com a volta da humanidade a esta condição de
plenitude de vida, em todos os sentidos.
O Reino de Deus foi implantado com a seguinte mensagem: “Arrependei-vos,
porque é chegado o Reino dos Céus” – Jesus Cristo e João Batista concordavam
que essa é a porta para a entrada neste Reino, e também concordavam no que deve
ser a consequência deste arrependimento, a prática da justiça e o amor ao
próximo. Isto foi expresso nas palavras do profeta; “produzi, pois, fruto de
arrependimento: se tiver duas túnicas e comida, reparta com quem não tem, não
seja injusto, não maltrate ninguém e não se corrompa” (Lucas 3:1-14), e também
nas atitudes de Jesus e nos seus ensinos. O tempo todo o Evangelho, a mensagem
da cruz, aponta para uma vida baseada no servir e não no ser servido.
É necessário então termos a consciência de que a mensagem da cruz não se
limita apenas na propagação da salvação da alma, mas que essa salvação precisa
ser desenvolvida de forma plena na pessoa que é justificada de seus pecados em
Cristo Jesus. Isto significa que o Evangelho não para no momento em que alguém
declara sua fé no Filho de Deus. O Reino de Deus precisa fazer parte da vida,
das decisões, do caráter e das ações dessas pessoas. A restauração do homem não
pode ser resumida a uma vida religiosa, mas sim a todos os aspectos que
envolvem o que é ser, de fato, um ser humano. Isto tudo tem a ver com a Vontade
de Deus para os homens, a qual está explícita ao longo de toda a Bíblia, e que
precisamos entendê-la e praticá-la.
A missão designada por Jesus aos seus discípulos era para que tanto eles
como os discípulos que eles fariam de todas as nações, fossem parecidos com o
Mestre, fizessem exatamente como ele fez e ensinou. Então com essa ordenança,
ficou claro que a missão do IDE era para eles e também para nós, tanto o de
mostrar para todos que a salvação já está concretizada na cruz, como o de viver
e ensinar a viver a mensagem da cruz, pois não se pode proclamar o Evangelho
sem vivê-lo.
As implicações de se viver esta mensagem nos leva ao mesmo tempo às
glórias da fé, como a salvação, justificação e comunhão com Deus e aos
sofrimentos, ou penalidades por saber que viver a fé em Cristo leva cada
discípulo a negar-se a si mesmo, como escolher que o outro seja o superior,
como o não precisar reivindicar o louvor dos homens, como o fazer algo e não
precisar mostrar o que fez para ganhar o louvor dos homens, como o servir sem
esperar nada em troca, como o passar despercebido aos homens por viver de forma
discreta como o Evangelho nos ensina, como o sofrer perseguições por causa da
justiça, etc.
Precisamos nos alegrar quando a mensagem do Evangelho é pregada e mais
ainda quando ela é vivida e não tem como vivê-la sem praticar a justiça, sem
dividir o que temos e sem ensinar aos cidadãos de uma cidade como serem pessoas
que praticam a vontade de Deus, lutando contra a injustiça, contra a corrupção
e contra o egoísmo. Proclamar o Reino desta forma, se preocupando com o
bem-estar do próximo, mostrando o caminho para a prática da justiça em uma
cidade e lutando pelas causas dos indefesos, certamente fará com que o
Evangelho seja proclamado de maneira plena com a mensagem da cruz - a redenção
que produz a transformação do caráter, a fé que é acompanhada de atitudes que
transformam os lugares onde vivemos.
Então, nos preocupemos em proclamar a mensagem da salvação, com voz
audível, sempre que se fizer necessário, principalmente onde ainda não foram
proclamadas as boas-novas e lutemos em praticar a justiça, de maneira
silenciosa deixando as nossas ações falarem com voz altaneira, que por sinal,
são as práticas que trazem autoridade para o que falamos, e em um tempo em que
se fala muito e se vive pouco, e em lugares que são “evangelizados”, é
necessário que as ações de uma fé operante sejam a melhor maneira de pregar a
mensagem da cruz, com menos religiosidade e com mais vida.
Esta é a vontade de Deus conforme ele mesmo declarou através de seus
profetas: “a minha vontade é que seja praticada a justiça, a misericórdia e
você seja humilde” (Miquéias 6:8), “o jejum que eu quero é este: que soltes as
ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os
oprimidos, e despedaces todo o jugo? Porventura não é também que repartas o teu
pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o
nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?”
(Isaías 58:6-7).
Vivamos a Mensagem
da Cruz!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Deus abençoe por sua participação em nosso humilde blog.
São bem vindas suas críticas, sugestões e colaborações, para que, a cada dia mais, possamos falar e testemunhar do Amor Fraternal de Deus, por nós, imagem e semelhança do Criador. Deus seja louvado!
Atenção: Se for adicionar algum comentário, porém através de "nome sem perfil" ou "anônimo", há o direito de não publicá-lo! [Constituição Federal, art. 5º, IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;]