domingo, 7 de outubro de 2012

A Lei é impotente para salvar



Ora, tendo a Escritura previsto que Deus havia de justificar pela fé os gentios (somos nós!), anunciou primeiro o evangelho a Abraão, dizendo: “Todas as nações serão benditas em ti”.



Todos aqueles, pois, que são das obras da Lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da Lei (Torá), para fazê-las [Gálatas 3].

E quais as obras da Lei?

A Lei Mosaica é composta de todo o código de leis, formado por 613 disposições, ordens e proibições, tais como, guarda do sábado, carne de porco, vestimenta (os tzitziot, “franjas com nós”), homens não devem raspar o cabelo das laterais de suas cabeças e barbear-se com uma lâmina, dizer o Shemá Israel duas vezes ao dia, usar tefilin (filactérios) na cabeça, circuncidar todos os indivíduos do sexo masculino em seu oitavo dia, etc, sem nos esquecer dos dízimos.

Mas, Jesus, digamos, “revolucionou” a vida religiosa e espiritual, legando para seus seguidores as chaves do Reino de Deus; porque em nossos dias, tantos líderes religiosos relatam uma crescente insatisfação no seio de muitos seguimentos da família cristã?

Podemos observar que a história se repete. Na verdade, isso já é registrado na Bíblia:

O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol” [Eclesiastes 1].

Os fariseus da época costumavam gabar-se da mais estrita observância da Lei mosaica e dos seus 613 preceitos rabínicos, hipervalorizavam pequenos detalhes...

Existem certos paralelos entre a ortodoxia judaica no tempo do ministério terreno de Jesus e a ortodoxia cristã atual, como a observância do sabath pelos judeus, com seus holocaustos e cerimônias no templo ou nas sinagogas, e os serviços religiosos dos cristãos modernos; o estrito pagamento do dízimo sobre toda a produção obtida pelos judeus e o pagamento do dízimo efetuado pelos evangélicos sobre os salários e outras rendas; a obediência a Lei mosaica e a crença nas doutrinas e dogmas das igrejas evangélicas.

E é evidente que pela Lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá da fé.

Cristo nos resgatou da maldição da Lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: "Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro"; para que a bênção de Abraão chegasse aos gentios por Jesus Cristo, e para que pela fé nós recebamos a promessa do Espírito.

Ora, as promessas foram feitas a Abraão e a sua descendência. Não diz: E as descendências, como falando de muitas, mas como de uma só: "E a tua descendência, que é Cristo".

Porque, se a herança provém da Lei, já não provém da promessa; mas Deus pela promessa a deu gratuitamente a Abraão.

Logo, para que é a Lei?

Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita; e foi posta pelos anjos na mão de um medianeiro. Ora, o medianeiro não o é de um só, mas Deus é um.

Logo, a Lei é contra as promessas de Deus?

De nenhuma sorte; porque, se fosse dada uma Lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela Lei.

Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes” [Gálatas 3].

Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da Lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar. De maneira que a Lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados.

Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo de aio!

Misericórdia, e paz, e amor vos sejam multiplicados, amado em Cristo.

Por certo, muito se tem deixado de lado o evangelho da Paz, o anúncio da salvação na pessoa de Jesus Cristo, por um ensinamento puramente de homens...

... onde se utiliza da Palavra de Deus, não como o Guia divino que nos leva a salvação, mas como um manual onde se extrai pinceladas da Palavra no intuito de amedrontar os incautos e inconstantes...

... numa montagem de versículos usufruindo da Lei, com imposições humanas, para enriquecimento ilícito, colocando no esquecimento a maior obra de Jesus na cruz do Calvário, o Amor!
 
Louvai ao Senhor!
Por Cristo. Em Cristo. Para Cristo.


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