A
morte de Jesus teve início bem antes de ele ser pregado na cruz. Primeiro,
Jesus foi submetido a um açoitamento, apenas um dos vários castigos que o
enfraqueceriam mortalmente.
Preso
a uma coluna, Jesus teria sido golpeado nas costas com o flagrum, um chicote
com várias tiras de couro e com bolinhas de metal ou lascas de ossos nas pontas...
Essas
pontas penetravam e esfolavam a pele, causando grande hemorragia e atingindo
até músculos e ossos. Citada na Bíblia [Mateus 27.29; Marcos 15.17; João
19.2,5], uma coroa de espinhos colocada em Jesus - provocação dos soldados
romanos ao "Rei dos Judeus" - aumentaria a hemorragia.
Para
ficar mais firme, ela poderia ter sido fixada a paulada, penetrando veias,
artérias e nervos espalhados pela cabeça. Os historiadores que estudam a morte
de Jesus acreditam que, ao carregar a cruz, ele tenha levado "só" o
patibulum - a parte horizontal, com peso de até 27 kg.
O mais
provável é que ele tenha arrastado a peça. Se estivesse amarrado a ela, cairia
com o rosto no chão num tombo.
De
acordo com as crucificações da época, o mais comum seria Jesus ter sido pregado
no patibulum por três soldados. Um ficava sentado sobre o peito do condenado
para imobilizá-lo; outro segurava as pernas e o terceiro era responsável por
pregar as mãos.
Alguns
historiadores defendem que Jesus foi pregado pelos pulsos, ao contrário do que
indica a Bíblia [João 20.27]. Mas o médico-legista americano Frederick Zugibe
fez testes provando que daria para sustentar o peso do corpo com pregos fixados
na palma das mãos.
A cruz
dos romanos era um T, sem "ponta" no alto cruzando a parte horizontal.
A base dela já ficava enterrada no chão. O encaixe do patibulum era feito com
dois soldados erguendo suas pontas, enquanto o terceiro segurava o corpo da
pessoa crucificada.
A
maneira como foram pregados os pés de Jesus também é polêmica. Zugibe defende
que eles foram presos lado a lado, com os pregos cravados entre os ossos
metatarsais e as solas encostadas na cruz. Isso teria sido muito mais prático
para os soldados romanos.
Em várias pinturas, Jesus tem os pés pregados sobre
um apoio de madeira. Mas tais quadros só surgiram no século 9.
Existem
várias teorias sobre do coração perfurado a derradeira causa da morte. Segundo
Zugibe, que pesquisa o assunto há mais de 30 anos, Jesus teria sofrido uma
parada cardiorrespiratória, em função de choques causados por hemorragia, dores
agonizantes e desidratação.
A
Bíblia diz que um soldado enfiou uma lança no peito de Jesus para confirmar sua
morte. Do corte teria escorrido água e sangue.
A água pode ter saído da pleura,
membrana em volta do pulmão, que teria acumulado fluidos durante o açoitamento.
O sangue viria do coração perfurado.
A
imagem clássica da cruz - com ela não na forma de um T - teria surgido por
causa de uma placa pregada no alto da estaca horizontal. Nela estava escrito,
em hebraico, grego e latim, "Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus" - ou
INRI, na abreviação em latim.
Louvai ao
Senhor!
Por Cristo. Em Cristo. Para Cristo.
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