No princípio,
criou Deus o Céu, a terra e o sistema planetário, e os seres viventes, e disse:
Façamos o homem a nossa imagem, conforme a nossa semelhança e domine sobre os
peixes, aves,e tudo o que se mova sobre a terra.
E formou o
Senhor Deus o homem do pó da terra, e o colocou no Jardim do Éden para lavrar e
guardar, e ordenou Deus ao homem que comesse de toda árvore do jardim
livremente, mas alertou: da árvore da ciência do bem e do mal, dela não
comerás, porque no dia que dela comeres, certamente morrerás (Gênesis cap.
1-3).
Do pó da terra criou Deus o homem a sua imagem, conforme a sua
semelhança, e o colocou num paraíso para viver em abundância de bens, a
prosperidade não era um ideal a ser alcançado, mas uma realidade a ser apossada
para desfrutar das maravilhas disponíveis. Deus lhe deu também poder para
dominar sobre todas as coisas, o Senhor Deus havia criado as condições ideais
para o homem viver em felicidade plena eternamente.
Deus criou o homem
livre e lhe ordenou guardar o Paraíso, lhe deu autoridade sobre a ação do
diabo, e alertou: da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás,
porque no dia que dela comeres, certamente morrerás (Gênesis 2.17).
Porém, não impôs
condições ao homem para obediência, Ele queria ser respeitado pelo seu amor a
criatura, pelo laço fraternal de amor entre ambos. Deus deu-lhe a opção de
escolher a semente que desejasse plantar, avisando porem de antemão, que a
colheita seria inevitável.
Mas a mulher,
sugestionada pela serpente (o diabo), indiscreta em conhecer o que o Senhor
Deus havia proibido, ambicionando ser igual a Deus, e vendo a árvore desejável,
agradável aos olhos, tomou do seu fruto e comeu e deu também ao seu marido e
ele comeu também (Gênesis 3.6). O pecado havia se consumado, e a morte entrado
no homem pelo pecado. O paraíso que Deus havia confiado ao homem para o guarda
e proteger, ele acabava de perder, vindo a ser o seu escravo de satanás.
A promessa de viver
eternamente havia se encerrado definitivamente pela prática pecado. O homem
estava morto, não só espiritualmente, mas também a morte física, por esta razão
a palavra do Senhor na carta aos Romanos 6.23 diz: O salário do pecado é a
morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida a vida eterna.
Deus amaldiçoou a
serpente e disse: Porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a
sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar (Gênesis
3.15). A mordomia que o Senhor preparou para ao homem também havia acabado, em
Gênesis 3.19 disse Deus: No suor do teu rosto, comerás o teu pão, até que te
tornes a terra; porque dela foste tomado, porquanto és pó e em pó te tornará. A
sua morte física também estava determinada.
E, havendo lançado
fora o homem, pôs querubins ao oriente do jardim do Éden e uma espada inflamada
que andava ao redor, para guardar o caminho da árvore da vida (Gênesis 3.24).
Com a inimizade
criada com Deus, o homem que fora criado para dominar e viver eternamente
estavam definitivamente separados de Deus pela sua insubordinação. O Senhor
colocou anjos ao redor do Paraíso impedindo que o homem, agora na condição de
pecador vivesse eternamente.
A terra foi
amaldiçoada e com isso vieram todos os desajustes que vivemos hoje, o homem
ficou vulnerável as enfermidades, dores e aflições. A fome, a miséria, e
angústia passaram a fazer parte do cotidiano, satanás teve domínio sobre o
homem que passou a viver sob a maldição do pecado. De dominador passou a
condição de escravo, satanás de posse do império da morte, passou a assolar e
afligir a humanidade.
O homem, a maior obras
das mãos de Deus sobre a terra, para tanto o fez a sua própria imagem, conforme
a sua semelhança, o amor de Deus por essa criatura é coisa imensurável, o
Senhor o trata como a menina dos seus olhos, o Senhor Deus poderia tê-lo
abandonado no pecado pela sua desobediência e rebeldia, mas não o fez, apesar
da sua tristeza e frustração, não desistiu de lhe dar uma nova oportunidade
para a salvação, ainda que para isso pagasse o mais alto preço, o preço do
sangue do seu próprio filho.
O Senhor havia
preparado um plano para restabelecer a sua reconciliação (Gênesis 3.15),
ofereceu o seu único filho em expiação, ainda que para isso houvesse
derramamento de sangue para resgatar o homem da maldição do pecado e lhe
ofertar novamente a libertação e a vida eterna.
A exortação é um
alerta para que estejamos atentos, satanás veio para matar, roubar e destruir,
e ao contrário do que muitos imaginam, não surgi de forma arrepiante, com
chifres, tridente, espalhando fogo por todos os lados. Ele se infiltra
sutilmente, de maneira dissimulada, aparentando uma fruta boa para se comer,
agradável aos olhos, desejável, e não nos deixa aperceber que aquela fruta com
aparência agradável é uma armadilha que levará a morte, não só a morte
material, mas principalmente a morte espiritual, e muitos, por não vigiar, têm
sido sucumbidos pela astúcia do diabo.
O CONCERTO DE DEUS COM
ABRAÃO
Mas Deus na sua
infinita misericórdia, mesmo depois da desobediência do homem, nunca desistiu
de amá-lo, sempre tentando aproximação com o homem, escolheu para si um povo
especial, os descendentes do Patriarca Abraão, o nosso pai na fé, para herdar a
terra prometida.
E ainda no livro de
Gênesis 17.1-10, narra que sendo, pois Abrão da idade de 99 anos apareceu o
Senhor a Abrão, e disse-lhe: “Eu sou o Deus Todo-poderoso, anda em minha
presença e sê perfeito. E porei o meu concerto entre mim e ti, e te
multiplicarei grandissimamente. Então caiu Abrão sobre o seu rosto e falou Deus
com ele dizendo:
Quanto a mim, eis o
meu concerto contigo é, e será o pai de uma multidão de nações. E não se
chamará mais o teu nome Abrão, mas Abraão será o teu nome, porque por pai da
multidão de nações te tenho posto.
E te farei frutificar
grandissimamente, e de ti farei nações, e reis sairão de ti. Este é o meu
concerto, que guardarei entre mim e vós, e a tua semente depois de ti: Que todo
o macho será circuncidado.
Deus disse mais a
Abraão: Gênesis 17.15-19: A Sarai tua mulher não chamará mais pelo nome de
Sarai, mas Sara será o seu nome; Porque eu a hei de abençoar, e te hei de dar a
ti dela um filho, e abençoarei, e será mãe das nações, reis de povos sairão
dela (Gênesis 17.15-19).
Então caiu Abraão
sobre o seu rosto, e riu-se, e disse no seu coração: A um homem de cem anos há
de nascer um filho? E conceberá Sara da idade de noventa anos? E disse Abraão a
Deus: Oxalá que vivo Ismael (filho de Abraão com a serva Agar) diante de teu
rosto!
E disse Deus a
Abraão: Na verdade, Sara tua mulher te dará um filho, e chamarás o seu nome
Isaque, e com ele estabelecerei o meu concerto, por concerto perpétuo para a
sua semente depois dele. E quanto a Ismael também te tenho ouvido, eis aqui o
tenho abençoado, e fá-lo-ei frutificar, e fá-lo-ei multiplicar
grandissimamente, doze príncipes gerará e dele farei uma grande nação. “O meu
concerto, porém estabelecerei com Isaque, o qual Sara te dará neste tempo
determinado, no ano seguinte”
SACRÍFÍCIOS E
HOLOCAUSTOS NÃO AGRADARAM A DEUS
O separou o povo de
Israel, os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó, e deu-lhes uma lei pelo
ministério do seu servo Moisés, porém, tendo a lei, a sombra dos bens futuros,
e não a imagem exata das coisas, já indicava que somente pelo derramamento de
sangue (Levíticos Cap. 1, 3, 4...) seriamos reconciliados com Deus e
alcançaríamos a salvação da vida eterna.
O sumo sacerdote, ele
sozinho, entrando no santuário uma vez por ano, não sem sangue, oferecia
sacrifício, por si e pelos pecados de ignorância do povo. Mas os holocaustos e
sacrifícios não agradaram ao Senhor, o qual disse:
I Samuel 15.22 – Tem
por ventura o Senhor, tanto prazer em holocausto e sacrifícios, como em que se
obedeça à palavra do Senhor? Eis que o obedecer é melhor do que sacrificar.
Isaias 1.11 - De que
me serve a mim a multidão de vossos sacrifícios? Diz o Senhor. Estou farto dos
holocaustos de carneiros, e da gordura de animais cevados; e não me agrado do
sangue de novilhos, nem de cordeiros, nem de bodes.
Desde o antigo
testamento, os homens que temiam e amavam a Deus buscavam agradar-lhe com
holocausto e expiação de animais, tendo sido estabelecido esse sacrifício pela
lei, a qual veio como um simbolismo das coisas que haveriam de acontecer, e,
pelos sacrifícios de animais, o Senhor figurava de antemão a expiação do sangue
do seu filho Jesus Cristo que viria para remir o homem dos pecados, e lhes ofertar
a vida eterna. Vejamos:
Hebreus 9.11, 12 -
Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuro, por um maior e mais
perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, nem por
sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no
santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.
A PROMESSA DO REDENTOR
Isaias 9.6 diz:
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os
seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da
Eternidade, Príncipe da Paz.
Lucas 1.32, 33 - Este
será grande e será chamado Filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono
de Davi, seu pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá
fim. Verdadeiramente, Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas
dores levou sobre si; ferido de Deus e oprimido. Mas ele foi ferido pelas
nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a
paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados.
Andávamos como
ovelhas desgarradas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez
cair sobre Ele à iniquidade de nós todos. Ele foi oprimido, mas não abriu a
boca; como um cordeiro, foi levado ao matadouro e, como a ovelha muda perante
os seus tosquiadores, Ele não abriu a boca.. (Isaias 53.4 a 7)
O Senhor Deus já
sabia que sem derramamento de sangue não haveria salvação, então o próprio Deus
veio na aparência de homem (João 1.1, 14). O verbo se fez carne e habitou entre
nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e
de verdade.
Porque, se o sangue
dos touros e bodes e a cinza de uma novilha, esparzida sobre os imundos, os
santificam, quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se
ofereceu a si mesmo imaculado a Deus.
E, por isso, é
Mediador de um Novo Testamento, Porque, onde há testamento, necessário é que
intervenha a morte do testador. Porque um testamento só tem força onde houve
morte, ou terá ele algum valor enquanto o testador vive?
A LUZ RAIOU ENTRE AS
TREVAS
Mateus 4.16, 17 diz:
O povo que estava assentado em trevas viu uma grande luz; e aos que estavam
assentados na região e sombra da morte a luz raiou. Desde então, começou Jesus
a pregar e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus.
O homem, pela sua
rebeldia havia contraído uma dívida com Deus, e olhando Deus desde os céus para
os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e o
buscasse; desviaram-se todos e juntamente se fizeram imundos; não há quem faça
o bem, não há um sequer.
Porem, Jesus Cristo,
sem pecado, não tinha obrigação nenhuma de pagar pela dívida do homem, mas pela
sua obediência ao Pai, ofereceu a si mesmo em sacrifício vivo para nos remir de
todo pecado. O bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.
O Reino de Cristo
estava estabelecido na terra, tendo sido ungido por Deus com o Espírito Santo e
com virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do
diabo, porque Deus era com Ele (Atos 10.38).
Realizou uma obra
impar, jamais vista na face da terra, curas, milagres, maravilhas, salvação e
anunciou em todo mundo o arrependimento, a conversão a libertação, a esperança
da vida eterna, pela aspersão do seu próprio sangue.
O TRIUNFO DE CRISTO NA
CRUZ
E tendo chegado a sua
hora, para que se cumprisse a palavra, foi traído por um dos doze, sendo preso
e levado à presença do sumo sacerdote e do rei, começava ali o julgamento mais
terrível e cruel da história da humanidade. O justo, pagando a dívida do
pecador, sofrimento, muita angústia e grande dor, mas Ele não abriu a sua boca.
Homem de dores,
sacrifício vivo para remir o homem do pecado, foi humilhado das mais terríveis
e diversas formas. Com todo poder para transformar o universo em minúsculas
partículas, ou em nada, não pediu vingança ao Pai, mas pediu que lhes
perdoassem, deixando em si mesmo o maior exemplo de bondade e humildade, porque
sublime é o perdão. Porque Deus
enviou o seu Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o
mundo fosse salvo por Ele.
Esaú, por um bocado
de manjar, vendeu o seu direito a primogenitura; e querendo ele ainda herdar a
benção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que com
lágrima o buscou (Hebreus 12.16, 17).
O homem, estando
morto na maldição do pecado, o Senhor havia colocado anjos vigiando o caminho
da árvore da vida, que é o paraíso que Cristo prometeu ao homem que estava
crucificado ao seu lado, pela sua humildade e arrependimento. E, pelo sangue de
Cristo, o homem teve novamente acesso ao perdão e a salvação para a vida
eterna.
Na carta aos Romanos
3.20, a palavra afirma que nenhuma carne será justificada diante dele pelas
obras da lei, porque pela lei, vem o conhecimento do pecado, fazendo-se
necessário que o Pai enviasse o se próprio Filho em forma de homem e habitasse
entre nós (João 1.14), o qual deu a sua vida em sacrifício vivo na cruz para a
remissão dos nossos pecados, e ressuscitou ao terceiro dia para a esperança da
nossa salvação (Romanos 4.25).
E hoje, pela aspersão
do seu achamos lugar de arrependimento, porque Cristo levou sobre si o pecado
do mundo inteiro (Isaias capítulo 53), abriu a porta do paraíso e nós, sendo
inimigos de Deus, fomos reconciliados pela morte do seu filho, e, pelo seu
sangue restabeleceu a paz entre Deus e o homem.
A palavra do Senhor,
no livro de Isaias Capítulo 53.3 relata que Jesus Cristo era homem de dores.
Estando Cristo dependurado na cruz com uma coroa de espinhos cravada na cabeça,
havia mais de três horas, humilhado, escarnecido, açoitado, em dado momento
clamou ao Pai dizendo:
Deus meu, Deus meu,
porque me desamparastes? O pecado do mundo inteiro pesava sobre Ele. Cristo
angustiou-se mas não temeu e nem recuou, oferecendo-se com grande clamor e
lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto
ao que temia. Tendo sede, deram-lhe vinagre. E quando tudo estava consumado,
Jesus inclinando a sua cabeça, entregou o seu espírito ao Pai.
As profecias haviam
sido cumpridas, o Cordeiro inocente, pela aspersão do seu sangue, havia
aniquilado o pecado, satanás estava definitivamente derrotado. Cristo triunfou
sobre a morte cravando-a na cruz, o pecado que separava o home de Deus estava
destruído e pelo seu sangue, reconciliou o homem do Deus.
No momento em que
Cristo rendeu o seu Espírito a Deus, o véu do templo que separava o lugar santo
do santíssimo, onde somente o sacerdote entrava uma vez por ano para sacrificar
à Deus por si e pelos pecados de todo povo, rasgou-se de alto a baixo, porque
um novo véu havia se rasgado, isto é, a carne de Cristo, para nos libertar da
lei do pecado e da morte que separava o homem de Deus, sendo justificados
gratuitamente pela aspersão do seu sangue e pela sua graça, pela redenção que
há em Cristo Jesus.
O homem que estava
condenado à morte pelo pecado do Éden, foi reconciliado com Deus pela aspersão
do sangue do Senhor Jesus Cristo, o qual, abriu a porta do paraíso e concedeu
ao pecador, que pelo arrependimento e conversão, alcance a glória da vida
eterna
Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro que
fostes resgatados da vossa vã maneira de viver, mas com o precioso sangue de
Cristo, como um Cordeiro imaculado e incontaminado.
Louvai ao
Senhor!
Por Cristo. Em Cristo. Para Cristo.
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