O dinheiro parece mesmo algo inofensivo. Ele
pode nos dar conforto material, suprir nossas necessidades e proporcionar-nos
muitas coisas boas. Contudo, a Bíblia nos exorta em 1 Timóteo 6.9,10: “Ora, os que querem ficar ricos caem em
tentação e cilada, e em muitos desejos descontrolados e nocivos, os quais
afogam os homens na ruína e perdição. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de
todos os males. Algumas pessoas por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e
se atormentaram com muitos sofrimentos”.
Deus criou os bens, no mundo, para atender a
todos. Aquele que acumula riquezas está, de certa forma, usurpando, se
apropriando de uma quantidade maior desses bens, em detrimento dos que nada ou
pouco conseguem. A Bíblia fala menos sobre o céu do que sobre a ilusão das
riquezas e suas terríveis tentações.
A riqueza passa a ser um problema na esfera
dos relacionamentos pessoais, porque as pessoas são culpadas de cometer
maldades umas contra as outras para adquirir mais riqueza para si. E tem a ver
com a cobiça (avareza). Vejamos alguns problemas associados à riqueza e como
eles afetam os nossos relacionamentos:
1 – A
riqueza nos escraviza. Lembra-se do jovem rico que perguntou a
Jesus o que devia fazer para alcançar a vida eterna? Ele foi embora triste
porque estava dominado pelas riquezas, sendo incapaz de abrir mão delas (Marcos
10.17-22).
Às vezes, ao invés de possuirmos riquezas, as
nossas riquezas é que nos possuem. Investimos todo o nosso tempo cuidando do
nosso patrimônio, tentando aumentá-lo. Leia também Marcos 10.23-31 sobre o
perigo das riquezas. Coloque Cristo e o seu reino em primeiro lugar em sua
vida.
2 – A
riqueza distorce ou muda os nossos valores. É fácil cairmos na
armadilha de valorizarmos mais as riquezas que nossa vida espiritual. O perigo
das riquezas é que elas nos induzem a confiar mais no que o dinheiro pode
fazer, do que naquilo que o Senhor é capaz de realizar.
É verdade que o dinheiro pode nos dar maior
conforto material, mas ele não é capaz de nos salvar! A fascinação da riqueza é
enganosa e sufoca a Palavra de Deus tornando-a infrutífera (Marcos 4.19). As
riquezas não duram para sempre (Provérbios 27.24). Veja também Salmo 49.16-20.
A riqueza é ilusória porque parece ser eterna, mais não é; veja Lucas 12.13-21.
A Bíblia nos recomenda: Preocupe-se com as coisas que possuem valor eterno e
não com a riqueza terrena, pois onde está o seu tesouro está o seu coração.
3 – A
riqueza leva à tentação de pecar. Um homem pode ser honrado, mas
ser escravo da avareza e não reconhecer que isso é pecado. Efésios 5.1-6 liga a
avareza à idolatria. A avareza faz os homens serem desonestos no trato com
outros homens e praticarem outras coisas más como viver no luxo e indiferentes
às necessidades do próximo; Muitos são falhos não pagando salários dignos e levando
algumas pessoas a entrar para o mundo do crime, pela falta de dinheiro (Tiago
5.1-6). Leia também Mateus 6.19. O crente deve fugir disso e buscar as coisas
do Senhor.
4 – Idéias
erradas sobre a provisão divina. Por algum motivo, mesmo cientes de
todas as advertências que a Bíblia faz com relação aos perigos da riqueza,
muitas pessoas possuem o conceito errado de que alcançarão ganhos financeiros
através de sua piedade (1 Timóteo 6.5).
Provavelmente, defendem a idéia de que se o
crente tiver fé suficiente, ele será próspero financeiramente. Ou então dirão
que se o crente não é abastado é porque Deus não está satisfeito com ele de
alguma forma. Buscam ao Senhor com uma motivação errada: querem o ganho
material e não o ganho espiritual. A piedade não depende da quantidade de
tesouros que você tem.
Portanto, meditemos sobre esse problema tendo
em mente a recomendação do Senhor Jesus em Lucas 12.15: “… porque a vida de um homem não consiste na
abundância dos bens que ele possui”. E aquilo que o apóstolo Paulo
acrescenta em 1 Timóteo 6.8: “Tendo
sustento e com que nos vestir, estejamos contentes”.
Viva com Jesus!
Louvai ao Senhor!
Por Cristo. Em
Cristo. Para Cristo.
Que Deus lhe abençoe!
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