terça-feira, 7 de maio de 2013

E deu Abrão um ‘único’ dízimo...





E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou os teus inimigos nas tuas mãos. E Abrão deu-lhe o dízimo de tudo” [Gênesis 14.20].

 

Há um equívoco pelo qual muitos têm defendido quando questionada a razão dos dízimos, porém, todos sabem que os dízimos foram instituídos por Deus ao povo de Israel nos tempos da lei mosaica, em forma de percentual das colheitas israelitas e para o sustento dos levitas, órfãos, viúvas e estrangeiros [Deuteronômio 14.22-29]...

E este equívoco se remete a questão de Abrão ter entregue a Melquisedeque “dízimo” do despojo de uma guerra [Gênesis 14]; assim, os defensores dos dízimos em este tempo da graça alegam que os dízimos são antes da lei;

Ora, Abrão deu dízimo de tudo, mas, uma única vez, e novamente é necessário afirmar, produto de uma guerra!

Também é de profunda necessidade em se entender as Sagradas Escrituras e viver o que dEla nos traz sabedoria para entendimento,e não para esperteza; então, entenderemos que Abrão deu um único dízimo ao rei de Salém, e, após passados vários anos, Deus aparece a Abrão e requer, agora sim, que ele (Abrão) ande em Sua presença e seja perfeito, tendo como promessa divina: “E porei a minha aliança entre mim e ti, e te multiplicarei grandissimamente” [Gênesis 17]...

... além de que, neste tempo e firmando a promessa, Deus muda o nome de Abrão para Abraão [“E não se chamará mais o teu nome Abrão, mas Abraão será o teu nome; porque por pai de muitas nações te tenho posto”];

Portanto, é equivoco requerer em defesa que os dízimos foram antes da lei mosaica, somente por que Abrão deu um único dízimo, e tão somente, não se pode furtar que Deus fez concerto e promessa a Abrão não por causa do dízimo, mas, sim que Abrão andasse na Sua presença e em perfeição...

... Abrindo um parêntese, é interessante como o engano dos dízimos evangélicos aflora, pois que, estão defendendo os dízimos por causa de um único ato isolado de Abrão, requerem que outrem dê dízimos mensalmente e em forma de dinheiro; ora, Abrão deu dízimo de despojo de guerra, e não dinheiro!!

Outro equívoco é defender a validade do dízimo através de Abraão, com a passagem de Hebreus, capítulo 7, mas, em verdade, com esta passagem apenas é mostrada a superioridade de Cristo em relação ao sacerdócio do Antigo Testamento; o objetivo da passagem não é falar sobre a validade ou não do dízimo para os dias de hoje, mas mostrar a superioridade do sacerdócio de Cristo;

É, ainda, interessante o exame da epístola aos Hebreus, principalmente os capítulos 9 e 10, os quais deixam bastante claro que todas as cerimônias do Antigo Testamento foram abolidas com a vinda de Cristo, pois elas apenas tipificavam Aquele que viria, eram sombras da realidade que é Cristo; ou seja, mesmo que Abrão deu um único dízimo e que Deus instituiu os dízimos ao povo de Israel, tudo isto foi abolido com a vinda e morte de nosso Senhor e Salvador!

Ressaltando que, milhares se permitem (por preguiça não buscam entendimento) em serem ensinados a crer na ação dos “dízimos” como forma de agradar a Deus para serem abençoados, infeliz e tolo engano; o início do capítulo 17 de Gênesis demonstra que não é verdade este ensinamento evangélico dizimista, eis pois, o que Deus requereu de Abrão: “... anda em minha presença e sê perfeito”, ou seja, nossa fidelidade a Deus nada tem com relação ao dízimo que Abrão deu ao rei de Salém...

... mesmo porque, Deus não requer fidelidade através de dinheiro, como o SENHOR mesmo diz: “Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o SENHOR dos Exércitos” [Ageu 2.8], e de tudo quanto somos abençoados por Deus é por Sua infinita misericórdia e não porque entregamos dízimos (ou pagamos ou compramos) para ter bênçãos...

... Deus nos tem abençoado sem medida, e, em recompensa pelo trabalho que somos abençoados, não precisamos devolver nada, porque o que recebemos de Deus é para suprir nossas necessidades, nada para mais e nada para menos, e não “há nada melhor para o homem do que comer e beber, e fazer com que sua alma goze do bem do seu trabalho. Também vi que isto vem da mão de Deus” [Eclesiastes 2];

Assim, eis, pois, mais uma verdade sobre aqueles que defendem os “dízimos evangélicos”, são cegos para enxergar que o dinheiro que eles entregam é nas mãos de homens e não na de Deus...: “Maldito o homem que confia no homem”!!

 

 

Paz a todos vocês que estão em Cristo.

 

Louvai ao Senhor!

 

 

Por Cristo. Em Cristo. Para Cristo.

 

Que Deus lhe abençoe!

2 comentários:

  1. Esta é uma resposta que foi dada a alguns que cegamente defendem os dízimos.
    RESPOSTA A UM CEGO DE ENTENDIMENTO.
    O dízimo de Abraão e a citação de Jesus.

    Hipócrita? Deus o julgue.
    Não senti hipocrisia em suas palavras, se não, falta de entendimento. Já que citastes Abraão é bom lembrarmos que ele é conhecido como pai da fé e o que não provem da fé é pecado. “... e tudo o que não é de fé é pecado. “Romanos 14:23. O dizimo de Abraão é tão maravilhoso e celestial que ele deu uma única vez, e depois, nunca mais, já não é assim com os da Lei. Agora veja a quem Abraão deu uma única vez o dízimo, e dízimo dos despojos, não foi a Melquisedeque? Quem era Melquisedeque e, o que ele deu a Abraão depois de receber os dízimos, veja: “mas aquele cuja genealogia não é contada destes, recebeu dízimos de Abraão e abençoou ao que tem as promessas.” Hebreus 7:6
    Bem o escritor aos hebreus disse que não poderia falar mais sobre Melquisedeque e assuntos mais profundos, pois, o povo não estava preparado para compreender, pois, eram meninos Hebreus 5. Sabe em outra época se alguém escrevesse o que eu escrevi, certamente eu reagiria como você reagiu, por isso o perdoo, pois também eu era assim, desde menino educado na doutrina batista. Mas aprouve a Deus na plenitude dos tempos abrirem os meus olhos, e se ele não abrir não adianta, jamais veremos. O dízimo de Abraão antes da Lei representava justamente o dízimo da Lei que viria muitos anos depois, pois, o escritor aos hebreus cita: Levi ainda estava nos lombos de Abraão quando deu Abraão o dízimo, veja: “E os que dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm ordem, segundo a lei, de tomar o dízimo do povo, isto é, de seus irmãos, ainda que tenham saído dos lombos de Abraão.” Hebreus 7:5, entende isso? Abraão estava testemunhando que antes que o cumprimento do Filho da promessa (Jesus) viesse, os Israelitas estariam guardados pela Lei, de modo que este dízimo era um aio, veja: “De modo que a lei se tornou nosso aio, para nos conduzir a Cristo, a fim de que pela fé fôssemos justificados.”Gálatas 3:24.
    E o que Melquisedeque deu a Abraão, acaso não foram pão e vinho, e o que simboliza este pão e vinho, porventura não são o corpo e o sangue de Cristo? Por isso foi que depois de Abraão entregar o dízimo e receber pão e vinho ele nunca mais deu dízimos, ou seja, aquele pão e vinho representavam o corpo e o sangue de Jesus a Nova Aliança, por isso em obediência ao sacrifício expiatório de Cristo Abraão nunca mais deu dízimos e isto pela fé. Gostaria de falar mais da graça maravilhosa do nosso Senhor Jesus Cristo, mas o espaço é pouco, entretanto antes de finalizar você citou Mateus 23 quando Jesus ensinava a dar dízimos e, digo que isto é absolutamente verdade e ninguém o pode negar e, louvo ao meu Senhor por isso, agora só um maravilhoso detalhe, você citou este texto como sendo do Novo Testamento, entretanto quero lhe dizer que este texto não é Novo Testamento e sim Antigo Testamento, pois o Novo Pacto só começou depois da morte e ressurreição de Jesus, antes deste fato tudo é Antigo Testamento, veja: “Pois onde há um testamento, é necessário que intervenha a morte do testador;
    pois um testamento não tem força senão pela morte, visto que nunca tem valor enquanto o testador vive.”Hebreus 9:16-17
    Aprendemos que o Novo Testamento começa em Mateus, mas isto só depois da narrativa deste acerca da ressurreição de Cristo; fique na paz do Senhor, pois, vi sinceridade em suas palavras.

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