A doutrina da trindade, conhecida
nos meios religiosos principalmente entre os católicos, como “santíssima
trindade” referindo a Deus, Jesus Cristo e ao Espírito Santo como sendo uma só
pessoa, ou três deuses em um único espírito, não tem fundamento bíblico, porque
não há referência bíblica que a Divindade formada pelo Pai, Filho e Espírito
Santo, sejam a mesma ou uma única pessoa.
A palavra trindade não
consta no conteúdo bíblico, porem, alguns pregadores, passam a falar por si
mesmo criando “um” Deus triuno, afirmando que uma pessoa seja três pessoas, e
que três pessoas sejam uma só pessoa, instituindo uma doutrina de blasfêmia
contra o Pai Altíssimo, que tudo criou.
Mas desde o princípio, a Palavra
não deixa sombra de dúvida quanto à existência e plenitude do PAI CRIADOR, e de Cristo, o seu amado FILHO, o qual, na ascensão ao Trono de
Glória do Pai, nos enviou o Espírito Santo como nosso CONSOLADOR, para que não ficássemos órfãos.
A teoria da existência de um só
“Deus” formado peor três pessoas da Divindade é o princípio fundamental da
seita dos unicista, os quais crêem em um único Deus, ou melhor, aceitam somente
Jesus Cristo, acoplando as três pessoas da trindade em si mesmo, negando a
plenitude do DEUS PAI, e a interação
do Espírito Santo.
Assim como a seita das
Testemunhas de Jeová, só reconhecem Jeová (dizem ser o nome de Deus), ignorando
o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo como Filho do Altíssimo, como também
rejeitam a existência do Espírito Santo como nosso Consolador. Essas doutrinas
afrontam as escrituras, porém, não vamos entrar no mérito dessas seitas, por se
tratar de doutrinas de heresia.
Uma observação: Quando referimos a Divindade como “pessoa”,
evidentemente que não referimos a pessoas formadas por matéria, mas pessoas
como seres espirituais, porque a Palavra afirma que Deus é Espírito, como
também, Cristo, tendo habitado entre nós na forma humana, mas, morto em
sacrifício vivo para remir o homem do pecado, ressuscitou ao terceiro dia, não
mais com o corpo que fora desenvolvido no ventre de Maria, mas ressuscitou
com um Corpo Glorificado, o qual subiu ao céu, está sentado à destra do
Pai, e por nós pecadores intercede.
Vamos fazer um breve comentário
sobre as pessoas do Pai e do Filho, posteriormente vamos entrar na intimidade
do Espírito Santo de Deus.
Pela verdade expressa na Palavra,
cremos em Deus como Pai e Criador de tudo, inclusive de Jesus Cristo, como
Filho (Salmos 2.7, Hebreus 1:5 e 5.5), e de tudo que existe.
No princípio, deu o Senhor origem
a vida e sustentação a todas as coisas, no livro de Gênesis 1.26 disse Deus:
Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança. Podemos observar
claramente que o Senhor Deus não estava só, pois Ele falou no plural e disse a
alguém: “Façamos...” Este é o primeiro sinal da existência do Senhor Jesus
Cristo desde o princípio, o que fora confirmado na primeira carta de Paulo aos
Coríntios 10.1-4, onde diz: Ora, irmãos, não quero que ignoreis que nossos pais
estiveram todos debaixo da nuvem; e todos passaram pelo mar... e beberam todos
de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os
seguia; e a Pedra era Cristo.
O próprio Senhor, no Evangelho de
João 17.5 disse: E, agora, glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com
aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.
E na primeira Carta Universal do
Apóstolo Pedro 1.18-20, a Palavra relata: Sabendo que não foi com coisas
corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de
viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue
de Cristo, como de um Cordeiro imaculado e incontaminado, o qual, na
verdade, em outro tempo, foi conhecido, ainda antes da fundação do
mundo, mas manifestado, nestes últimos tempos, por amor de vós.
Portanto amados, como está escrito,
Jesus Cristo já estava com o Pai antes mesmo da fundação do mundo. O que
dificulta o entendimento de muitos é a afirmativa do Senhor Jesus ao Pai,
quando Ele disse:
Eu e o Pai somos um (João 10.30).
É importante observar, que com essa declaração Ele não quis dizer
absolutamente, que são a mesma pessoa, no que vem o entendimento no próprio
livro de João, primeiramente no Capítulo 17.11 onde Jesus, em sua oração,
intercedia ao Pai pelos seus apóstolos dizendo: Já não estou no mundo, mas eles
continuam no mundo, ao passo que eu vou para junto de ti. Pai santo guarda-os
em teu nome, que me deste, para que eles sejam um, assim como nós.
Legitimado em João 17.20- 23,
onde Cristo declarou: Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que
vierem a crer em mim, por intermédio da sua Palavra; a fim de que todos sejam
um; como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o
mundo creia que tu me enviaste.
Eu lhes tenho transmitido a
glória que me tens dado, para que sejam um, como nós o somos; eu neles, e tu em
mim, a fim de que sejam aperfeiçoados na unidade, para que o mundo conheça que
tu me enviaste e os amaste, como também amaste a mim.
A Palavra fortalece o
entendimento da razão pela qual Cristo disse Eu e o Pai somos um: São um,
em uma só santidade, uma só glória, perfeitos em unidade. Jesus Cristo é a
plenitude de Deus a quem pertence à glória e o poder. Para tanto Ele rogou ao
Pai por aqueles que haviam de deixar aqui para dar continuidade pregação do
Evangelho, dizendo: Pai, guarda-os em teu nome, que me deste, para que eles
sejam um, assim como nós. Leiam João 17.18-26.
Deus é o Pai do Nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo, e disso não se tenha a menor dúvida, como consta a
Palavra em inúmeras passagens do Novo Testamento.
Na Palavra vislumbramos o Pai, o
Filho, e o Espírito Santo, manifestados em época e forma diferente, conforme o
tempo e a vontade Pai.
Considere que no Antigo
testamento, apreciamos a atuação somente de Deus como Criador, o qual falava
aos nossos pais pelos profetas (Hebreus 1.1), porem com a promessa da vinda do
Messias (o Filho) para a salvação do homem, o qual encontrava-se morto na
maldição do pecado.
O Novo Testamento manifestou o
nascimento de Cristo e o seu Reino estabelecido entre nós, o qual sempre
reverenciou a Deus como Pai e Supremo Dominador, porem, prometia o envio do
Espírito Santo para não nos deixar órfão, e quando subiu ao céu, a promessa foi
exercida (Atos 2) para nos consolar, até que Ele volte para arrebatar a sua
igreja
Portanto o Pai e o Filho não são
a mesma, ou um único Espírito, e o Espírito Santo é o Espírito do próprio
Deus. Mas cada um conforme o tempo determinado por Deus, tanto que o
próprio Senhor Jesus fora ungido pelo Espírito Santo de Deus (Atos 10.38) para
cumprir a obra que fora designado. Então se o Pai ungiu o seu Filho com o seu
Espírito Santo para fazer a sua obra, como poderão ser a mesma pessoa?
Outra sustentação que são seres
espirituais individuais, porem sob o domínio do Senhor Deus, vem no Batismo de
Jesus Cristo (Mateus 3.16, 17), onde foi manifestado o aspecto configurado da
Santidade, ambos, individualmente.
Manifestou-se Jesus Cristo na
forma de homem sendo batizado por João Batista, e ao sair da água, eis que os
céus se abriram, e o Espírito Santo de Deus descendo como pomba e vindo sobre
Ele, e uma voz dos céus dizendo: Este é o meu Filho amado, em quem me
comprazo. Naquele momento Cristo fora ungido pelo Espírito Santo para
exercer a maior obra já realizada na história da humanidade, porque Deus era
com Ele.
Vamos comentar também sobre o
Espírito Santo de Deus, o assunto é meticuloso, por isso, precisamos do devido
cuidado para não incorrermos no pecado de blasfêmia contra o Espírito Santo,
porque é pecado imperdoável.
E para compilar esta explanação
recortamos alguns trechos do Estudo Bíblico o pecado imperdoável, o qual, descreve sobre o Espírito Santo de Deus,
a sua obra, e como Ele opera em nós, quando nos propomos em servir a Deus e a
guardar os seus mandamentos.
QUEM É
O ESPÍRITO SANTO E QUAL A SUA OBRA?
O Espírito Santo é o nosso
consolador (João 14.26), sem Ele seríamos vazios e não receberíamos a graça do
Senhor Jesus. É Ele quem nos dá o discernimento e nos convence do pecado (João
16.8); Ele derrama o amor de Deus em nossos corações (Romanos 5.5); e produz o
nascimento de uma nova criatura (João 3.1 a 7); Ele nos fortalece para andarmos
no caminho da verdade (João 16.13). O Espírito Santo nos fortalece nas nossas
fraquezas, porque não sabemos como havemos de pedir, mas Ele intercede por nós
junto ao Pai, até com gemidos inexprimíveis (Romanos 8.26).
O Espírito Santo de Deus realiza
um trabalho íntimo na alma humana, e todo desejo de santificação é nutrido por
Ele. Cada impulso para o bem e para a verdade é implantado por Ele. Seu
trabalho é indispensável à convicção, ao arrependimento e conversão para a
salvação da vida eterna.
O
PECADO IMPERDOÁVEL
No Evangelho de Mateus 12.31, 32
disse Jesus: Por isso, vos declaro: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos
homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada.
Se alguém proferir alguma palavra
contra o Filho do Homem, ser-lhe-á isso perdoado; mas, se alguém falar contra o
Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir.
Marcos 3.29, Jesus advertiu,
dizendo: Qualquer, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca obterá
perdão, mas será réu do eterno juízo.
O Senhor Jesus declara que todo
pecado e blasfêmia serão perdoados, mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não
será perdoada. E o que é blasfêmia contra o Espírito Santo?
O
PECADO CONTRA O ESPÍRITO SANTO
Jesus, mediante o Espírito Santo,
bate à porta do coração e pede entrada (Apocalipse 3.20). Alguém não abre a
porta, deixa-O esperando do lado de fora, com isso estará entristecendo o
Espírito Santo do Senhor (Efésios 4.30).
Talvez com medo de que Ele entre,
esse alguém resiste, pois não deseja ter a sua companhia (Atos 7.51). A
consciência e o coração se tornam endurecidos (Hebreus 3.15). Procura
afastá-lo, e acaba extinguindo o Espírito Santo (I Tessalonicenses 5.19).
Finalmente o Espírito Santo o abandona.
Que triste e terrível fim. Ele
bateu em sua porta e você não abriu, deixou-O esperando do lado de fora,
resistiu-O, entristeceu-O, endureceu a sua consciência e o seu coração,
procurou extingui-lo. Está consumado o pecado imperdoável contra o Espírito
Santo, a persistente rejeição contra os apelos do Espírito, e a desobediência
se consumou. Portanto como diz o Espírito Santo, se ouvirdes hoje a sua voz,
não endureçais o vosso coração (Hebreus 3.7, 8).
Muitos indagam a si mesmo, será
que já blasfemei contra o Espírito Santo do Senhor? Mas é importante
evidenciar, em que condições o Senhor Jesus declara a blasfêmia como pecado
imperdoável?
Justamente por ocasião da
acusação dos escribas e fariseus, os quais imputavam a Ele a expulsão dos
espíritos malignos pelo poder de belzebu, príncipe das potestades do mal.
Os escribas e fariseus não criam
em Jesus Cristo como o Messias vindo de Deus para salvar o homem do pecado,
negavam as virtudes do Espírito Santo de Deus, pelo qual Jesus foi por Deus
ungido, e fazia muitas curas, milagres e maravilhas (Atos 10.38).
A Palavra afirma que a
desobediência e a constante rejeição contra os apelos do Espírito Santo também
se constituem em pecado imperdoável.
Portanto amados, se ouvirdes hoje
a sua voz, não endureçais o vosso coração, porque amanhã poderá estar fora do
tempo aceitável do Senhor.
Louvai ao Senhor!
Por Cristo. Em Cristo. Para Cristo.
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