A pior
morte da época!
Antes de
ser crucificado, Meu Jesus sofreu açoites. Foram dezenas de chibatadas com uma
arma especial, um "azorague", na qual na ponta de cada uma das
12 tiras de couro, haviam ossos de animais quebrados, com pontas terríveis. Ou
seja, para cada chicotada que Jesus recebia nesse açoite, eram 12 feridas que
se abriam em seu corpo!
Foi feita também para Ele, uma coroa de espinhos. Espinhos africanos, de cerca de 7 ou 10 cm cada um, e tão rígidos que poderiam até mesmo perfurar o crânio de uma pessoa. Eram utilizados pelos marceneiros como pregos, para você ter uma ideia!
Esta coroa
foi fincada pelos soldados romanos na cabeça de Meu Jesus. Para não se
machucarem, estes soldados utilizaram pedaços de pau, empurrando essa coroa com
o peso de seu corpo.
Jesus passeou
pelo meio do povo, carregando a cruz (possivelmente apenas a haste horizontal
dela, porque não seria possível carregar uma cruz com mais ou menos 150 quilos
de madeira, após sofrer os açoites que sofreu). O trecho percorrido tinha média
de 2 quilômetros.
O sangue
de Jesus ia acabando-se, pelas feridas da cabeça e das costas. Mais que isso, o
povo o esbofeteava, escarrava nele, apedrejava-o.
Literalmente, Jesus foi moído, como foi afirmado quase 700 anos antes pelo profeta [Isaías 53].
Ao ser
crucificado, recebeu pregos em suas mãos e pés. Nem todos os condenados eram
pregados. Aliás, os pregos eram uma condenação a mais para os criminosos que
tinham certo requinte em seus crimes (noutras palavras, pregos eram para
bandidões). Jesus recebeu também, além dos açoites, o castigo dos
pregos.
Cada um
desses pregos tinha de 15 a 20 cm, no formato de uma estaca, com uma ‘cabeça’
de 6 cm. A outra extremidade era pontiaguda.
Eles eram
pregados nos pulsos, e não nas palmas das mãos, como se diz. No pulso, há um
tendão que vai até o ombro, e quando os pregos foram martelados, esse tendão se
rompeu, obrigando Jesus a forçar todos os músculos de suas costas, para
manter-se ereto e conseguir respirar com menos dificuldade.
Para ser
pregado na cruz, deitaram o meu Jesus naquela cruz. Mas não se esqueça que o deitar
de Jesus foi torturante (lembra-se das centenas de feridas em suas costas?).
Por ter
seus pulsos pregados e seus tendões rompidos, Jesus precisava fazer uma força
incomum para que seu tronco não fechase contraído, liberando assim espaço para
o seu pulmão movimentar-se. Tudo isso para poder respirar porque perdia todo o
ar, com seu tronco contraído. Outra coisa: você já notou como é mais fácil
respirar com seu pescoço ereto? Mais ainda se você deitar sua cabeça para trás,
olhando para cima? Isso porque suas ‘vias aéreas’ ficam completamente livres
para a circulação do ar.
Jesus não
conseguia olhar para frente, menos ainda para cima. Se fizesse isso, certamente
a coroa de espinhos encostaria na cruz, ocasionando-lhe uma dor horrível. Mas
voltou seus olhos aos soldados romanos, ao povo que blasfemava-o, ao bandido
crucificado num de seus lados e que ria-se dele… E, mesmo com essa falta de ar,
suspirou entre os seus dentes: "Pai, perdoai-vos, porque eles não
sabem o que estão fazendo!"
Na luta
por um pouco de ar, Meu Senhor era obrigado a apoiar-se no prego colocado em
seus pés que eram maiores ainda que o de suas mãos, porque pregaram os seus
dois pés juntos. E como seus pés não aguentariam por muito tempo sem
rasgarem-se também, Jesus era obrigado a alternar esse ciclo
simplesmente para poder respirar, sem encostar suas feridas das costas na cruz,
para sofrer uma dor a menos.
As cruzes
feitas a alguns criminosos eram munidas de um acento, na altura das nádegas do
crucificado, para que o condenado pudesse se assentar, o que facilitava sua
respiração, uma vez que dava possibilidade de sua coluna permanecer pouco mais
ereta. Na cruz do Meu Senhor, este detalhe não existia. Mais uma marca de que
esta cruz fora feita para um criminoso de renome. Não se esqueçam que Barrabás
foi libertado, e a cruz que foi improvisada para a crucificação de meu Jesus
era, possivelmente, de Barrabás.
Um buraco
estava pronto para pôr a cruz em pé; Foi ela, então, suspendida com o auxílio
de cordas, e, sem nenhuma delicadeza, quando ela fica quase a 90 graus, na
posição que ficaria até Jesus espirar, ela cai dentro desse buraco, de
uns 60 ou 70 centímetros de profundidade, e se firma, em pé.
Mas pense:
não foi só a cruz que parou em pé ali. Jesus já estava preso nela. O solavanco da
cruz firmando-se, então, foi mais uma forma de tortura ao Senhor.
Jesus
aguentou essa situação por 6 horas. Sim, 6 horas! Muito tempo, não é verdade?
Marcos 15.25, afirma que Jesus foi crucificado a hora terceira (as nove horas
da manhã). E a hora nona (às três da tarde) Ele deu Seu grito final: "Eloí,
Eloí, lamá sabactâni?" (Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste?) [Marcos 15.34]. Da hora sexta até a hora nona, o céu
tornou-se escuro. Ares de morte eram notáveis após as 3 primeiras horas de
crucificação.
Alguns
minutos antes de morrer, Jesus já não sangrava mais. Simplesmente saía água de
seus cortes e feridas, o que sinaliza que seu sangue acabava.
O corpo
humano está composto de aproximadamente 3,5 litros de sangue (em um adulto).
Jesus derramou 3,5 litros de sangue; teve três pregos enormes cravados em seus
membros; uma coroa de espinhos em sua cabeça, buracos enormes dos açoites em
suas costas, ferimentos das pedradas e, além disso, um soldado romano cravou
uma lança em seu tórax, testificando que seu sangue realmente se esgotara.
Água:
sinal de que tudo estava acabando. Aliás, numa ocasião normal, tudo deveria ter
acabado. A morte tentava, mas não conseguia vencer ao Meu Senhor. A dor O
tomava, a ponto dEle ver-se desamparado pelo Pai. Com as dificuldades de quase
6 horas de cruz, ele agora grita: "Deus meu, Deus meu! Por que me
desamparaste?"
Deus,
imagino, possivelmente estava de costas nesta hora. Pai nenhum
suportaria ver seu filho sofrendo dessa forma! Que momento solitário o de
Jesus!
Hora nona.
Escuridão de morte tentando roubar a vida de Meu Jesus. 6 horas de tentativas
mal sucedidas.
Haja vista
que a morte não o vencera, nem pela dor, nem pela falta de sangue, Jesus
volta-se a Deus novamente, num dos maiores hinos de vitória da Bíblia: "Pai,
em tuas mãos entrego meu espírito".
Não foi a morte que o venceu. Não por si mesma! Ele, o Meu Jesus, que entregou
Seu espírito, não a morte, mas ao Pai! "Em Suas mãos",
diz Meu Jesus.
Hino de
vitória sim! Jesus, em outras palavras, disse a morte: "Não és
demasiadamente forte. Não para mim! Mas agora eu declaro, eu mesmo, e não você,
morte: está consumado!", e entregou-Se.
Seria o
fim? Não…
O hino
ainda duraria mais uns dois dias (levando em consideração que Jesus foi
crucificado numa sexta). Este hino só iria se concluir quando o Meu Jesus fosse
visto ressurreto, sem o inchasso das bofetadas em Seu rosto, sem sangue
vertendo das feridas. Feridas, aliás, cicatrizadas! Hino que iniciava-se com a
violência dos soldados romanos, passaria pelo silêncio fúnebre do sábado, e
voltava as triunfantes trombetas no domingo, declarando a morte novamente: ‘não
és forte! Derrotada! Onde está tua vitória e teu aguilhão?'
Imaginou
que processo doloroso que Jesus sofreu? Imaginou também que isso tudo foi por
você?
Minutos
antes de ser entregue por Judas aos soldados, Jesus orava. Foi no Getsêmani,
que significa "prensa do óleo". Pedia a Deus que, se fosse
possível, fizesse-O passar aquela hora. Porém, quando Jesus abriu Seus olhos, o
que viu não foi algo humano. Seria humano se visse a penumbra da noite, a
floresta fechada… mas o que viu foi algo além do visível. Abriu os Seus olhos,
e o Pai o fez "viajar no tempo" até enxergar você. E sabe o
que Jesus pensou, quando te viu? Ele pensou: "vale a pena passar por
tudo isso!"
Vale a
pena! Jesus não titubeou em passar por toda essa humilhação, porque quando te
viu, sentiu um amor tão grande, maior que a angústia daquele momento, e
declarou que valia a pena!
Pense
agora: vale mesmo a pena? Temos honrado com a confiança o que Jesus teve em
nós? Temos correspondido aquele amor de forma fiel e incorruptível?
Reflita.
Se necessário, leia tudo de novo.
Demonstremos
nossa gratidão a Jesus fazendo mesmo valer a pena!
Por Cristo. Em Cristo. Para Cristo.
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