“Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um
homem de dores e experimentado no sofrimento. Como alguém de quem os homens
escondem o rosto, foi desprezado, e nós não o tínhamos em estima.” Is
53:3
Quando
tentamos analisar Jesus a partir de uma vida comum a todos os homens, sempre
buscamos ver Jesus como temos visto o ser humano em nossos dias, quando
tentamos desmistificar Jesus quanto a sua humanidade, sempre achamos que Ser
Humano foi algo diferente para o filho de Deus e Salvador dos homens, quando
queremos apresentar um Cristo que assim como Salvador era Homem em seus
aspectos físicos e psíquicos, nos deparamos com uma cultura mística de
discernimento quanto a sua humanidade.
Porém, ao
lermos nas Escrituras Sagradas versículos que falam a respeito dessa humanidade
da qual Jesus adquirira encarnando-se, vemos que Nele estava tudo aquilo que
demonstram uma total e completa humanidade limitada há tempo, espaço e forma.
Uma humanidade que diferente de caráter tem suas características relacionadas
com expectativas comuns a seres humanos comuns mas que ao mesmo tempo alimenta
de dúvidas aqueles que depositam esperanças falsas de perfeição postas ou
impostas a um Ser Humano pura e simplesmente para que este seja visto como algo
superior e diferente dos demais. Como alguém já disse uma certa vez: “o ser
humano não suporta a idéia de ver o quão humano é seu Deus. ”
No verso de
Isaías 53:3 podemos contemplar de forma clara e evidente que o Cristo, O Filho
de Deus e Salvador de nossas vidas era tão humano quanto Deus e vice –e – versa.
Se analisarmos tão somente os escritos do profeta e de como ele nos apresenta
Jesus Cristo sem um conhecimento e entendimento mais aprofundado e mais
teológico sobre sua declaração podemos até pensar e questionar que: como um
Deus se fez tão homem? Como um Deus que fez parte de toda obra da Criação de
todas as coisas está nesse instante sendo apresentado como alguém que carrega
em seu corpo tudo aquilo que homens “criados” carregam sobre si e mesmo assim
continuar sendo Deus e Eterno?
São questões
como essa que nos maravilham quando olhamos a humanidade de Cristo e vemos
nessa humanidade um exemplo de humanidade. Quando olhamos sua vida como o
encarnado de Deus e assim fazemos comparações de como Jesus viveu a sua vida
terrena e de como aqueles que o poste cederam seguem, vivem e enfrentam todas
as dificuldades de viver como ser humano.
Quando o
profeta diz: “Foi desprezado e rejeitado pelos homens,” ele declara que
aqui temos uma clara demonstração de que Jesus não carregava sobre si e de
forma evidente, nenhuma característica especial que o diferenciasse das outras
pessoas que viviam ao seu lado quando se diz respeito a sua forma física e
social. Cristo não era um andróide ou um protótipo de ser humano a viver sobre
a terra, Ele não carregava qualidades ou “super – poderes” que fizessem dele
alguém que jamais passou despercebido por aqueles que viviam ao seu redor,
tanto familiares quanto desconhecidos. Pelo contrário, vemos que os homens de
sua época viam na humanidade de Cristo aquilo que eles menos se interessavam,
por isso era tido como “rejeitado”.
O texto de
Isaias continua falando sobre a humanidade de Cristo e assim continua a
descrever: “um homem de dores e experimentado no sofrimento.” Assim era
o filho de Deus como homem, alguém que carregava em seu rosto o suor, em suas
mãos os calos, e em seus pés a poeira de alguém que viviam no cumprimento de
suas obrigações e que nem sempre essas obrigações traziam um resultado
satisfatório, benéfico e prazeroso.
Dor e
sofrimento foram algumas vezes o resultado de muitas das atitudes de Jesus em
sua vida social, familiar e religiosa em sua época, época essa que exigia dos
homens um comportamento diferenciado por parte das exigências governamentais em
todos os seus níveis e aspectos, e que com isso fazia-se necessário que um
homem vivesse ao nível de homens, com responsabilidades de homens, e cumprimento
de todas as exigências de uma sociedade de homens. Não encontramos nesse verso
e nem nos evangelhos evidencias de quais eram essas exigências que haviam em
seu tempo, mas que a história mostra que eram reais e muito exigidas para que o
individuo fosse considerado membro de seu grupo social.
“Como alguém
de quem os homens escondem o rosto, foi desprezado,” Vemos que no Homem Jesus, não encontrávamos
qualidades inerentes daqueles que carregam sobre seus ombros Títulos e Pró – eminência
para que sejam queridos e desejados de sua companhia e presença, não fica
demonstrado aqui que ter Jesus como companheiro social seria algo de que desse
algum orgulho, mas que sua companhia era algo que até certo ponto poderia
contribuir para um certo questionamento quanto ao nível e a aceitação de quem
quer que seja diante dos mais respeitados e admirados homens de sua época. Ser
desprezado, parece que foi algo que Jesus e aqueles que se aproximavam dele
tinham que suportar por conta de sua pura e simples humanidade.
Dai, quando
o profeta Isaías termina seu verso dizendo: “e nós não o tínhamos em
estima.” deixa ainda mais evidente que assim como ter Jesus por perto não
era algo de que enchesse o ego daqueles que viviam ao seu redor, ainda mais o
menosprezavam por sua simplicidade na maneira de ser, de viver, e de agir,
diante de todo aquele mundo Greco – judaico de seu época. Mundo esse que mesmo
distante em tempo do profeta Isaías, corroborou perfeitamente para que nele
fosse manifesto o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Jo 1.29”.
E enquanto
você reflete sobre isso, continuo crendo e pensando pois isso é o que faz
crescer...
Louvai
ao Senhor!
Por Cristo. Em Cristo. Para Cristo.
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