Antes de iniciarmos o nosso estudo vamos buscar conhecimento da palavra
chave da nossa meditação:
MISERICÓRDIA:
Bondade, amor, graça de Deus para com o homem, manifestos no perdão, na
proteção, no auxílio, no atendimento a súplicas. A disposição de Deus que se
manifestou desde a criação, e o acompanhará até o final dos tempos. Virtude
pela qual o cristão é bondoso para com os necessitados (Mateus 5.7 e Tiago
2.13), caridade, amor ao próximo.
O livro de Lamentações de Jeremias 3.22-23 expressa a imensurável
misericórdia de Deus com o seu povo, observe: As misericórdias
do Senhor são as causas de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias
não têm fim; renovam-se a cada manhã, grande é a tua fidelidade.
E a carta a Tito 3.4, 5, relata: Apareceu a
benignidade e caridade de Deus, nosso Salvador, para com os homens, não pelas
obras de justiça que houvéssemos feito, mas, segundo a sua misericórdia,
nos salvou pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo.
Essa mensagem evidencia que recebemos a oferta da
salvação, não porque fôssemos merecedores por alguma obra que havíamos feito,
mas pela misericórdia do Senhor, porque com a queda do homem no Éden,
tornamo-nos inimigos naturais de Deus, o qual ofertou em sacrifício o seu
próprio Filho para salvar o homem do pecado e da morte.
Ratificado na carta aos Romanos 5.7, 8, onde a
Palavra afirma que poderá ser que por um justo, pelo bom alguém ouse morrer,
mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós
ainda pecadores.
Esta é a grande misericórdia de Deus, estando o
homem morto no pecado pela sua insubordinação, o Senhor Deus prova o seu amor a
essa ínfima criatura, não hesitou em oferecer o seu próprio Filho para salvação
daquele que se tornou seu inimigo, ainda que para isso houvesse derramamento de
sangue.
Porem, essa demonstração do amor de Deus ao homem,
não assegura absolutamente que Ele irá tolerar o crente na prática do pecado,
porque temos apercebido pregações indutivas de alguns líderes, anunciando um
Evangelho fácil e sem compromisso com a verdade, sem participação nas aflições
de Cristo, levando os seus fieis a crerem que a certeza da salvação está na
fidelidade dos dízimos e ofertas.
Entretanto, Jesus disse: Entrai pela porta
estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição,
e muitos são os que entram por ela; porque estreita é a porta, e apertado, o
caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem (Mateus 7.13 e 14).
Não nos resta dúvida que a salvação é pela graça,
mas a porta é estreita e o caminho apertado, por isso é necessário esforço, não
pensando que o esforço traz merecimento, mas, o esforço para que mantenhamos
viva a glória de Deus em nós por causa do corpo de corrupção que milita contra
o Espírito Santo. Se não houver esforço, dedicação e vigilância, seremos
tragados pela devassidão do pecado.
E os homens santos de Deus viveram nesse caminho
apertado, deixaram exemplos levando em seus corpos o resto das aflições de
Cristo, vejamos:
II Coríntios 1.5 o apóstolo Paulo declarou: Porque,
como as aflições de Cristo são abundantes em nós, assim também a nossa consolação
sobeja por meio de Cristo.
E em Colossenses 1.24, a Palavra diz: Regozijo-me,
agora, no que padeço por vós e na minha carne cumpro o resto das aflições de
Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja. O que foi confirmado em I Pedro
4.13, o qual relata: Alegrai-vos no fato de serdes participantes das
aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e
alegreis.
Mas, atualmente muitos pregadores estimulam o
regozijo do paraíso aqui na terra, tornando espaçosa a porta que o Senhor Jesus
declarou estreita, não anunciam a verdadeira doutrina, não impulsionam o povo
na busca ao arrependimento, a conversão e a santificação.
Os eruditos chegaram a um consenso que para
alcançar a eternidade, não há necessidade alguma de transformação de vida,
renúncia das coisas deste mundo e de um novo nascimento pela aspersão do sangue
do Senhor Jesus. Então qual o sentido da exortação do Senhor sobre o passar
pela porta estreita?
Há um confronto da palavra desses pregadores,
relacionado ao Evangelho do Senhor Jesus, pois Ele mesmo disse: Se alguém
quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me.
Muitos líderes dispensam aos irmãos o compromisso
de levarem a sua cruz, negar a si mesmo é ser desprovido de todo sentimento
faccioso como a inveja, vaidade, ciúmes, avareza, soberba, concupiscência da
carne, lascívia, ira, desejo de vingança, vícios e outros anseios abomináveis
ao Senhor.
Negar a si mesmo é oferecer o outro lado da face,
perdoar e amar os vossos inimigos, bendizer os que vos maldizem, fazer bem aos
que vos odeiam e orar pelos que vos maltratam e vos perseguem. Ter a mesma
humildade de Cristo, andar em santidade como Ele andou, guardando os seus
mandamentos e fazendo a sua vontade.
A pregação da salvação pela misericórdia de Deus
sem que nos esforçássemos para isso, é o fundamento da teoria da salvação
predestinada (da qual não vamos aprofundar no mérito) e nesse caso, todo
sacrifício do Senhor Jesus na cruz do Calvário para salvar o homem que estava
morto no pecado, seria em vão.
No Evangelho de João 3.16, Jesus declarou a
magnitude do seu sacrifício, observe: Porque Deus amou o mundo de tal maneira
que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê, não pereça,
mas tenha a vida eterna.
O Senhor assegurou que ninguém nasce predestinado a
justificação ou a reprovação. Ele se entregou em sacrifício para salvar todo
aquele que nele crê, porque a salvação não virá por imposição, ela é oferecida
de graça, pela aspersão do sangue do Cordeiro de Deus. E para isso, necessário
é, primeiramente crer em Jesus como o seu único e suficiente e Salvador.
Guardar os seus mandamentos, obedecer a sua Palavra, permanecer na sua verdade,
perseverar na sã doutrina legada por Jesus.
A Palavra exorta para que andemos na luz, para não
tropeçarmos nas obras da carne as quais são trevas. É indispensável na vida do
crente, praticar e viver as obras do Espírito, porque fomos chamados à
liberdade, e não podemos usar da liberdade para dar ocasião à carne, mas servir
uns aos outros pela caridade.
Porque se já morremos com Cristo, cremos que também
com Ele viveremos; e não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, nem
tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado, mas apresentai-vos a Deus,
como instrumentos de justiça.
Em I Coríntios 1.18, diz: Porque a palavra da cruz
é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de
Deus.
Mas infelizmente, muitos têm sido ludibriados e
sucumbidos por não conhecerem as escrituras e nem o poder de Deus, pois querem
apenas uma vida física e material farta, isentos da preocupação com a vida
espiritual e desprovidos do interesse na busca a perfeição e a santificação
para herdar a vida eterna.
E a Palavra de I Coríntios 15.19 adverte: Se
esperamos em Cristo só nesta vida, somos os mais miseráveis de todos os homens.
Louvai ao Senhor!
Por Cristo. Em Cristo. Para Cristo.
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