Disse
Jesus: Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso
Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos. E a ninguém na terra
chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus. Nem vos
chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo (Mateus
23.8-10).
O
Senhor faz uma séria advertência para que ninguém queirais ser chamado, de
Rabi, Mestre, Pastor, porque somente Ele é digno desse tratamento e
todos os demais sois irmãos.
Sabendo
Ele ainda da ousadia de muitos que almejam receber a mesma reverência
que o Criador, serem chamados de pai, evidenciou que Pai é somente Deus que
está no céu.
A
propósito, conhecem o significado das palavras “PADRE” e “PAPA”?
Pois bem, “padre” em espanhol significa pai, como “papa” na língua
italiana também significa pai. Esse pronome é exclusividade do Pai Criador, e
jamais homem algum poderá ambicionar ser tratado como Deus, mas a criatura quer
se nivelar ao seu Criador.
Temos
conhecido também alguns teólogos que possuem o título de REVERENDO.
Vamos conhecer o seu significado nos dicionários da língua portuguesa:
Reverendo: Digno de reverência, respeitoso.
Reverência: Respeito às coisas sagradas, veneração,
acatamento, inclinação da cabeça e do corpo em adoração a alguém.
Agora
meditem na incoerência dos que possuem esse título (reverendo), se no Livro do
Apocalipse 4.11, a Palavra relata que somente o Senhor Deus é digno, de
reverência, adoração, honras e glórias, vejamos:
Digno
és, Senhor, de receber honras, glórias, e poder, porque tu criaste todas as
coisas e por tua vontade são e foram criadas.
O ÚNICO PASTOR.
Mas
os possuidores de títulos tentam justificar-se fundamentando-se na carta aos Efésios
4.11-13, onde diz: Ele deu uns para apóstolos, outros para evangelistas,
outros para pastores e doutores; querendo o aperfeiçoamento dos Santos para a
obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo; até que cheguemos à
unidade da fé, a varão perfeito, a medida da estatura completa de Cristo.
A
que se refere essa mensagem? O Senhor quer o aperfeiçoamento dos
Santos e não está outorgando ao homem, direitos a receber título eclesiástico,
a referencia é sobre os dons espirituais para a obra do Ministério, vejamos:
I
Coríntios 12.28-31- E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em
segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons
de curar, socorros, governos, variedades de línguas.
Porventura,
são todos apóstolos? São todos profetas? São todos doutores? São todos
operadores de milagres?
Têm
todos o dom de curar? Falam todos diversas línguas? Interpretam todos?
Portanto,
procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais
excelente.
Mas
também está escrito (Hebreus 13.17): Obedecei aos vossos pastores e
sujeitai-vos a eles. Está corretíssimo, a referência é sobre a função
exercida pelo líder da igreja, o qual tem a responsabilidade de conduzir o
rebanho para o encontro com o Senhor Jesus Cristo. Nós reverenciamos o Sumo
Pastor, o nosso Senhor e Salvador, Cristo, Único Pastor.
E no
Evangelho de João 10.11-13, disse Jesus: Eu sou o bom Pastor,
e dou a minha vida pelas minhas ovelhas, mas o mercenário (mercenário
quer dizer o que trabalha por dinheiro, ganancioso), vê vir o lobo e foge, e
o lobo as arrebata; mas foge porque não é Pastor, é mercenário.
E
ainda em João 10.16, Jesus declarou: Ainda tenho outras ovelhas que não são
deste aprisco; também, me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e
haverá um rebanho e um Pastor.
O
Senhor afirma que Ele é o único Pastor, que tem outras ovelhas, mas ainda não
estão no seu aprisco, e lhe convém agregá-las. E você meu irmão, está agregado
no rebanho de qual pastor? Por essa razão precisamos estar no rebanho de
Cristo, e confessar somente Ele como nosso único Pastor.
Alguns
contestam dizendo que um rebanho e um Pastor só ocorrerá na vinda de Cristo.
Mas o Evangelho de Lucas 20.35, 36 revela que somos ovelhas somente aqui
na terra, porque na vida futura receberemos o galardão da vida eterna e seremos
semelhantes aos anjos de Deus.
Agora
muita atenção no que refere a Palavra do Senhor no livro de Eclesiastes
12.11: As Palavras dos sábios são como aguilhões, e como pregos bem
fixados pelos mestres das congregações, que nos foram dadas pelo Único
Pastor.
O
MINISTÉRIO DOS PRESBITEROS NO EVANGELHO
No
Novo Testamento, sempre que a Palavra menciona o dirigente da igreja como pastor,
está referindo-se ao cargo ou função do apascentador do rebanho. Ou
seja, a função executada pelo apascentador de ovelhas certamente é de pastor.
Daí, até ostentar um título que somente Cristo é digno, fica muito distante.
Porque a referência é sobre a função pertinente ao ministério, e não a
concessão de um título eclesiástico.
É
facial assimilar as autoridades espirituais, vejamos:
PAI: somente Deus é digno de ser chamado Pai
(Espiritual, Criador).
PASTOR: Jesus Cristo, o Único Pastor.
APÓSTOLOS: Somente os doze escolhidos por Cristo.
ANCIÃOS: Os vinte e quatro anciãos de Apocalipse 4.10, (os
quais são os doze Apóstolos de Cristo e os 12 representantes das doze tribos de
Israel).
A
liderança sobre as igrejas que hoje são realizadas pelos denominados “pastores”,
no Evangelho de Cristo era exercida por presbíteros e bispos (Atos 20.28, I
Timóteo 3.2, Tiago 5.14 e I Pedro 5.1-3). Porem, o homem ambicionando status,
poder, bens materiais, se responsabilizou por essa mudança no tratamento à
aqueles que exercem a atividade de liderar às igrejas, tanto que na carta a Tito
(Tito 1.5-9), a Palavra manda estabelecer Presbítero ou Bispo nas
igrejas, e ilustra o perfil desses:
Que
sejam irrepreensíveis, marido de uma mulher, que tenham filhos fieis, que sejam
justos, moderados, santos, que não possam ser acusados de dissolução, que não
sejam soberbos, não dados ao vinho, nem agressivos, e nem de torpe ganância ou
ambicioso.
O
que também fora ratificado no na 1ª carta de Pedro 5.1, 2, onde relata:Aos
presbíteros que estão entre vós, apascentai o rebanho de Deus,
tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente, nem por torpe ganância,
mas de ânimo pronto.
A
Palavra ordena aos Presbíteros a apascentar o rebanho de Deus, mas alerta-os
para que sejam voluntários (Derivado da vontade própria; em que não há coação
nem retribuição pelos serviços prestados).
Outra
peculiaridade na Palavra, às vezes desapercebida, é justamente relacionada a
títulos aos homens santos que trabalhavam na obra do ministério desde a igreja
primitiva.
Observem
que no Novo Testamento, os únicos detentores de títulos, alem de Jesus, o Sumo
Pastor, foram apenas 12 (doze) Apóstolos por Ele escolhidos.
Podemos
citar alguns exemplares como Lucas, Marcos, Timóteo, Tito, Filemon, Estevão e
tantos outros homens santos de Deus que tanto cooperaram com o Evangelho de
Cristo, sacrificando até a própria vida, e qual o título ou posto ministerial
desses irmãos? Não possuíam título algum, eram servos, pregadores do Evangelho
do Senhor Jesus Cristo.
Hoje,
se vê pastores, apóstolos, reverendos, doutores, presbíteros, bispos, anciãos,
e tantos outros carregados de títulos (ungidos por homem é claro) por todos os
lados. As igrejas estão abarrotadas por esses eruditos. Já existe “patriarca”!
Não
temos esse hábito, mas quero lançar um desafio a esses que defendem o uso do
título eclesiástico, que apontem dentro da Palavra o nome de pelo menos um dos
homens santos de Deus, com o título de “pastor” ou qualquer outro título que
citamos, exceto aos Apóstolos que tiveram o título concedido pelo Mestre.
E
até as mulher estão no púlpito e ostentando títulos de pastora, bispa,
presbítera, etc., gostaríamos de saber onde está o fundamento bíblico para essa
prática?
Mas
não vamos entrar nesse mérito por ser uma intransigência, porque na palavra não
há referência de título para as mulheres nem mesmo como função A mulher deve
auxiliar aos irmãos com apoio a obra (I Coríntios 14.34 - I Timóteo 2.11,12).
A UNÇÃO PARA O MINISTÉRIO
Estando
os Apóstolos reunidos, logo após a ressurreição Jesus se apresentou entre eles
(João 20.21, 22) e disse-lhes: Paz seja convosco! Assim como o Pai me
enviou, eu também vos envio. E, havendo dito isto, soprou sobre eles e
disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.
O
que também ocorreu no capítulo 2 de Atos, após a ascensão de Cristo ao Trono de
Glórias do Pai. Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no
mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e
encheu toda a casa onde estavam assentados. E todos ficaram cheios do Espírito
Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia
que falassem.
Notamos
que por duas vezes consecutivas Jesus manifestou-se entre os discípulos e lhes
ungiu com o Espírito Santo. Porventura não seria suficiente ungi-los uma única
vez?
Podemos
enfatizar que na primeira vez que o Senhor Jesus os ungiu, foi lhes ofertado o
selo da promessa do Espírito Santo para a salvação.
E no
dia de Pentecostes, pela manifestação do Espírito Santo do Senhor Jesus, pela
segunda vez receberam a unção, desta vez, para a obra do ministério, tanto que
receberam o Espírito Santo, e imediatamente começaram a falar em línguas
estranhas, conforme as nações dos povos presente, iniciando naquele momento a
Igreja Primitiva de Cristo, e a maior obra de pregação realizada na face da
terra . Porque Jesus disse, eu vou, mas não vos deixarei órfão, eis que
enviarei o Espírito Santo, porque se eu não for, ele não virá.
Hoje,
o próprio homem se encarrega de ungir a “pastor” o seu companheiro, e o
único requisito para receber esse título, quando muito, é ter formação
teológica, e a unção vem aleatoriamente, deixando em segundo plano a promessa
do Senhor Jesus, pela manifestação do Espírito Santo.
A
Palavra diz que o servo de Deus tem autoridade para ungir nos casos de
enfermidade. Ungir em nome do Senhor Jesus (Tiago 5.14), mas para a obra do
ministério, somente Deus ungirá: O que nos confirma convosco em Cristo e nos
ungiu é Deus (II Coríntios 1.21). E ainda afirma que a unção vem de Deus, e
não há necessidade de que ninguém vos ensine nada, porque a unção do Espírito
Santo vos ensina todas as coisas (I João 2.20, 27).
E no
Evangelho de Lucas 4.18, disse Jesus: O Espírito do Senhor é sobre mim, pelo
que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados de
coração. Notem que a unção do Senhor Jesus veio do Espírito Santo de Deus.
E na
carta aos Hebreus 1.9 diz: Amaste a justiça e aborreceste a
iniqüidade; por isso Deus, o teu Deus te ungiu com óleo de alegria como a
nenhum de teus companheiros.
E no
1º Capítulo de Atos, a palavra descreve que os onze Apóstolos oraram a Deus
para escolher o sucessor de Judas Iscariotes, tendo a sorte caído sobre Matias,
o qual foi contado entre os doze.
Porem
entende-se, que essa escolha e unção não foi homologada pelo Senhor, visto que
em seguida, o próprio Jesus convocou Saulo (Atos 9) para compor o Apostolado, e
o nome de Matias não foi mais mencionado na Palavra.
Esse
exemplo é para reconhecermos que somente o Senhor tem autoridade e poder para
ungir os seus servos para a obra do ministério, através do seu Espírito Santo,
segundo a sua vontade.
Salmos
23. O Senhor é o meu Pastor, e nada me faltará. Quem tem
ouvidos ouça a voz do Espírito Santo de Deus.
Louvai
ao Senhor.
Por
Cristo. Em Cristo. Para Cristo.
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