sábado, 29 de setembro de 2012

CRISTO, O ÚNICO PASTOR




Disse Jesus: Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos. E a ninguém na terra chameis vosso pai, porque um só é o vosso Pai, o qual está nos céus. Nem vos chameis mestres, porque um só é o vosso Mestre, que é o Cristo (Mateus 23.8-10).
 

O Senhor faz uma séria advertência para que ninguém queirais ser chamado, de Rabi, Mestre, Pastor, porque somente Ele é digno desse tratamento e todos os demais sois irmãos.

Sabendo Ele ainda da ousadia de muitos que almejam receber a mesma reverência que o Criador, serem chamados de pai, evidenciou que Pai é somente Deus que está no céu.

A propósito, conhecem o significado das palavras “PADRE” e “PAPA”? Pois bem, “padre” em espanhol significa pai, como “papa” na língua italiana também significa pai. Esse pronome é exclusividade do Pai Criador, e jamais homem algum poderá ambicionar ser tratado como Deus, mas a criatura quer se nivelar ao seu Criador.

Temos conhecido também alguns teólogos que possuem o título de REVERENDO. Vamos conhecer o seu significado nos dicionários da língua portuguesa:

Reverendo: Digno de reverência, respeitoso.

Reverência: Respeito às coisas sagradas, veneração, acatamento, inclinação da cabeça e do corpo em adoração a alguém.

Agora meditem na incoerência dos que possuem esse título (reverendo), se no Livro do Apocalipse 4.11, a Palavra relata que somente o Senhor Deus é digno, de reverência, adoração, honras e glórias, vejamos:

Digno és, Senhor, de receber honras, glórias, e poder, porque tu criaste todas as coisas e por tua vontade são e foram criadas.

O ÚNICO PASTOR.

Mas os possuidores de títulos tentam justificar-se fundamentando-se na carta aos Efésios 4.11-13, onde diz: Ele deu uns para apóstolos, outros para evangelistas, outros para pastores e doutores; querendo o aperfeiçoamento dos Santos para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo; até que cheguemos à unidade da fé, a varão perfeito, a medida da estatura completa de Cristo.

A que se refere essa mensagem? O Senhor quer o aperfeiçoamento dos Santos e não está outorgando ao homem, direitos a receber título eclesiástico, a referencia é sobre os dons espirituais para a obra do Ministério, vejamos:

I Coríntios 12.28-31- E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente, apóstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas.

Porventura, são todos apóstolos? São todos profetas? São todos doutores? São todos operadores de milagres?

Têm todos o dom de curar? Falam todos diversas línguas? Interpretam todos?

Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente.

Mas também está escrito (Hebreus 13.17): Obedecei aos vossos pastores e sujeitai-vos a eles. Está corretíssimo, a referência é sobre a função exercida pelo líder da igreja, o qual tem a responsabilidade de conduzir o rebanho para o encontro com o Senhor Jesus Cristo. Nós reverenciamos o Sumo Pastor, o nosso Senhor e Salvador, Cristo, Único Pastor.

E no Evangelho de João 10.11-13, disse Jesus: Eu sou o bom Pastor, e dou a minha vida pelas minhas ovelhas, mas o mercenário (mercenário quer dizer o que trabalha por dinheiro, ganancioso), vê vir o lobo e foge, e o lobo as arrebata; mas foge porque não é Pastor, é mercenário.

E ainda em João 10.16, Jesus declarou: Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também, me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor.

O Senhor afirma que Ele é o único Pastor, que tem outras ovelhas, mas ainda não estão no seu aprisco, e lhe convém agregá-las. E você meu irmão, está agregado no rebanho de qual pastor? Por essa razão precisamos estar no rebanho de Cristo, e confessar somente Ele como nosso único Pastor.

Alguns contestam dizendo que um rebanho e um Pastor só ocorrerá na vinda de Cristo. Mas o Evangelho de Lucas 20.35, 36 revela que somos ovelhas somente aqui na terra, porque na vida futura receberemos o galardão da vida eterna e seremos semelhantes aos anjos de Deus.

Agora muita atenção no que refere a Palavra do Senhor no livro de Eclesiastes 12.11: As Palavras dos sábios são como aguilhões, e como pregos bem fixados pelos mestres das congregações, que nos foram dadas pelo Único Pastor.

O MINISTÉRIO DOS PRESBITEROS NO EVANGELHO

No Novo Testamento, sempre que a Palavra menciona o dirigente da igreja como pastor, está referindo-se ao cargo ou função do apascentador do rebanho. Ou seja, a função executada pelo apascentador de ovelhas certamente é de pastor. Daí, até ostentar um título que somente Cristo é digno, fica muito distante. Porque a referência é sobre a função pertinente ao ministério, e não a concessão de um título eclesiástico.

É facial assimilar as autoridades espirituais, vejamos:

PAI: somente Deus é digno de ser chamado Pai (Espiritual, Criador).

PASTOR: Jesus Cristo, o Único Pastor.

APÓSTOLOS: Somente os doze escolhidos por Cristo.

ANCIÃOS: Os vinte e quatro anciãos de Apocalipse 4.10, (os quais são os doze Apóstolos de Cristo e os 12 representantes das doze tribos de Israel).

A liderança sobre as igrejas que hoje são realizadas pelos denominados “pastores”, no Evangelho de Cristo era exercida por presbíteros e bispos (Atos 20.28, I Timóteo 3.2, Tiago 5.14 e I Pedro 5.1-3). Porem, o homem ambicionando status, poder, bens materiais, se responsabilizou por essa mudança no tratamento à aqueles que exercem a atividade de liderar às igrejas, tanto que na carta a Tito (Tito 1.5-9), a Palavra manda estabelecer Presbítero ou Bispo nas igrejas, e ilustra o perfil desses:

Que sejam irrepreensíveis, marido de uma mulher, que tenham filhos fieis, que sejam justos, moderados, santos, que não possam ser acusados de dissolução, que não sejam soberbos, não dados ao vinho, nem agressivos, e nem de torpe ganância ou ambicioso.

O que também fora ratificado no na 1ª carta de Pedro 5.1, 2, onde relata:Aos presbíteros que estão entre vós, apascentai o rebanho de Deus, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente, nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto.

A Palavra ordena aos Presbíteros a apascentar o rebanho de Deus, mas alerta-os para que sejam voluntários (Derivado da vontade própria; em que não há coação nem retribuição pelos serviços prestados).

Outra peculiaridade na Palavra, às vezes desapercebida, é justamente relacionada a títulos aos homens santos que trabalhavam na obra do ministério desde a igreja primitiva.

Observem que no Novo Testamento, os únicos detentores de títulos, alem de Jesus, o Sumo Pastor, foram apenas 12 (doze) Apóstolos por Ele escolhidos.

Podemos citar alguns exemplares como Lucas, Marcos, Timóteo, Tito, Filemon, Estevão e tantos outros homens santos de Deus que tanto cooperaram com o Evangelho de Cristo, sacrificando até a própria vida, e qual o título ou posto ministerial desses irmãos? Não possuíam título algum, eram servos, pregadores do Evangelho do Senhor Jesus Cristo.

Hoje, se vê pastores, apóstolos, reverendos, doutores, presbíteros, bispos, anciãos, e tantos outros carregados de títulos (ungidos por homem é claro) por todos os lados. As igrejas estão abarrotadas por esses eruditos. Já existe “patriarca”!

Não temos esse hábito, mas quero lançar um desafio a esses que defendem o uso do título eclesiástico, que apontem dentro da Palavra o nome de pelo menos um dos homens santos de Deus, com o título de “pastor” ou qualquer outro título que citamos, exceto aos Apóstolos que tiveram o título concedido pelo Mestre.

E até as mulher estão no púlpito e ostentando títulos de pastora, bispa, presbítera, etc., gostaríamos de saber onde está o fundamento bíblico para essa prática?

Mas não vamos entrar nesse mérito por ser uma intransigência, porque na palavra não há referência de título para as mulheres nem mesmo como função A mulher deve auxiliar aos irmãos com apoio a obra (I Coríntios 14.34 - I Timóteo 2.11,12).

A UNÇÃO PARA O MINISTÉRIO

Estando os Apóstolos reunidos, logo após a ressurreição Jesus se apresentou entre eles (João 20.21, 22) e disse-lhes: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio. E, havendo dito isto, soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo.

O que também ocorreu no capítulo 2 de Atos, após a ascensão de Cristo ao Trono de Glórias do Pai. Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; de repente, veio do céu um som, como de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam assentados. E todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem.

Notamos que por duas vezes consecutivas Jesus manifestou-se entre os discípulos e lhes ungiu com o Espírito Santo. Porventura não seria suficiente ungi-los uma única vez?

Podemos enfatizar que na primeira vez que o Senhor Jesus os ungiu, foi lhes ofertado o selo da promessa do Espírito Santo para a salvação.

E no dia de Pentecostes, pela manifestação do Espírito Santo do Senhor Jesus, pela segunda vez receberam a unção, desta vez, para a obra do ministério, tanto que receberam o Espírito Santo, e imediatamente começaram a falar em línguas estranhas, conforme as nações dos povos presente, iniciando naquele momento a Igreja Primitiva de Cristo, e a maior obra de pregação realizada na face da terra . Porque Jesus disse, eu vou, mas não vos deixarei órfão, eis que enviarei o Espírito Santo, porque se eu não for, ele não virá.

Hoje, o próprio homem se encarrega de ungir a “pastor” o seu companheiro, e o único requisito para receber esse título, quando muito, é ter formação teológica, e a unção vem aleatoriamente, deixando em segundo plano a promessa do Senhor Jesus, pela manifestação do Espírito Santo.

A Palavra diz que o servo de Deus tem autoridade para ungir nos casos de enfermidade. Ungir em nome do Senhor Jesus (Tiago 5.14), mas para a obra do ministério, somente Deus ungirá: O que nos confirma convosco em Cristo e nos ungiu é Deus (II Coríntios 1.21). E ainda afirma que a unção vem de Deus, e não há necessidade de que ninguém vos ensine nada, porque a unção do Espírito Santo vos ensina todas as coisas (I João 2.20, 27).

E no Evangelho de Lucas 4.18, disse Jesus: O Espírito do Senhor é sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados de coração. Notem que a unção do Senhor Jesus veio do Espírito Santo de Deus.

E na carta aos Hebreus 1.9 diz: Amaste a justiça e aborreceste a iniqüidade; por isso Deus, o teu Deus te ungiu com óleo de alegria como a nenhum de teus companheiros.

E no 1º Capítulo de Atos, a palavra descreve que os onze Apóstolos oraram a Deus para escolher o sucessor de Judas Iscariotes, tendo a sorte caído sobre Matias, o qual foi contado entre os doze.

Porem entende-se, que essa escolha e unção não foi homologada pelo Senhor, visto que em seguida, o próprio Jesus convocou Saulo (Atos 9) para compor o Apostolado, e o nome de Matias não foi mais mencionado na Palavra.

Esse exemplo é para reconhecermos que somente o Senhor tem autoridade e poder para ungir os seus servos para a obra do ministério, através do seu Espírito Santo, segundo a sua vontade.

Salmos 23. O Senhor é o meu Pastor, e nada me faltará. Quem tem ouvidos ouça a voz do Espírito Santo de Deus.

Louvai ao Senhor.

 

 

Por Cristo. Em Cristo. Para Cristo.

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